terça-feira, 19 de abril de 2011

Ah, o tempo...

O tempo relativiza tudo, né? Vivo ouvindo que o tempo de Deus é diferente do nosso; mas eu iria ainda mais longe e diria que cada pessoa vive num tempo diferente.

As coisas demoram a acontecer pra mim, no amor. Demoro a esquecer alguém que amei muito, demoro a encontrar alguém que valha à pena, mas principalmente demoro a encontrar alguém que esteja vivendo no mesmo tempo que eu.

Quando terminei meu último namoro, há exatos 1 ano e 13 dias, encontrei um príncipe encantado, que estava vivendo pelo menos uns 3 meses à minha frente. Ele tinha cavalo branco, alianças na mão, o coração mais puro que eu já tinha visto, mas tudo o que eu conseguia pensar era "Onde está meu sapo?". O perdi! Hoje ele já tem outra princesa, e ainda me dói olhar para ele e ver a oportunidade que desperdicei ao descartá-lo...!

Enfim, enquanto meu sapo arranjou outra em 6 meses, eu continuei amargando a dor de não conseguir abrir meu coração por longos e intermináveis 12 meses. Saí por aí ficando com pessoas que não significaram nada pra mim. Um ano sendo o pior de mim. Até que, achando que ia continuar sendo o pior de mim, encontrei alguém que queria ver o melhor de mim. E eu pude ser aquela novamente. Quando tudo parecia estar perfeito, veio o tempo e mudou tudo mais uma vez.

Ele tinha duas influências: o sentimento por mim, que lhe parecia assustador pela rapidez com a qual aconteceu e aquela vontade de ficar sozinho após terminar um namoro de 3 anos. "A gente se encontrou na hora errada" era a frase que eu já sabia, mas não queria ouvir. Eu pronta, ele não. Dessa vez quem vive meses à frente sou eu...

Fiquei pensando em quais são as boas razões para se afastar de alguém que se gosta.
Será o tempo uma boa razão? Será o medo uma boa razão? Serão 6 meses na Austrália uma boa razão? Será agir com a razão uma boa razão?

Ouvir ele dizer que quer ficar comigo, que gosta de mim, mas que não pode me oferecer nada neste momento, foi perturbador. Tentar acreditar na sinceridade dele, sem ficar fantasiando que no fundo ele simplesmente não quer ficar comigo, é impossível. Querer respeitar sua decisão e ao mesmo tempo morrer por dentro por não querer me afastar dele, é fato. Ter que dizer a frase "é uma pena que seu sentimento por mim não seja maior que sua vontade de ficar sozinho", doeu.

Quanto tempo se passará para que consigamos esquecer um ao outro ou para que fiquemos juntos de uma vez por todas? Depende. No tempo em que eu vivo ou no tempo em que ele vive? Será que algum dia viveremos no mesmo tempo?
Será que algum dia ele vai olhar pra mim com a sensação de que perdeu alguém muito importante que poderia ter mudado tudo, assim como eu olho para o príncipe encantado?


Tempo... inimigo ou aliado?


6 comentários:

Unknown disse...

Aliado, pq o tempo é de Deus!

Thais disse...

Chorei ;(

Anônimo disse...

Foi desculpa dele, tenho certeza absoluta. Uma pessoa nunca terminaria algo se sente algo pela outra. Só a distancia pode impedir isso, e em muitos casos nem isso.

Não complique a verdade. Boa sorte na próxima.

Thais disse...

Nossa que horror... uma pessoa tem o direito de achar que agora não seje o momento certo apesar disso fazer a outra pessoa sofrer, agora vc vim falar que foi desculpa e que só a distancia impedi isso vc está equivocada ou nunca amou na vida!
Se fosse assim casais não se separariam afinal de contas vivem na mesma casa!
Aprenda a viver pra depois vim falar algo, conheça e estude o assunto pra vim discutir!
Boa sorte na proxima ;)

DanyZinha disse...

Uai, a pessoa anônima pode até ter razão. Infelizmente essa possibilidade existe, e não é pequena, não.
Mas daí a dizer que tem "certeza absoluta" já é demais...
Existem várias possibilidades!
anyway...
I guess it's over!

Anônimo disse...

Ao contrário do que a thais fez, meu "boa sorte na próxima" foi sincero e não em tom ironico, conduta de quem não aceita opiniões contrárias, comportamento típico infantil.

Na minha opinião, a vida é muito menos cor de rosa do que os outros pintam, por isso acredito que uma pessoa só termina com outra quando não sente algo suficiente para contnuar, salvo exceções de distancia entre os dois e outros motivos peculiares.

A vida é curta e todos sabem disso, acredito que ninguem dispensaria alguem que julgue importante para seu coração.