Gente, o fim dos tempos está próximo!
Afinal, o que você fazia quando você tinha 11 anos? Eu brincava de queimada no campinho, assistia Chiquititas e colecionava papel de carta. Pois as pessoas de 11 anos de hoje em dia vão para o Pier 21. Pros leitores do Brasil afora, é uma espécie de point aqui de Brasília. É um shopping que tem lojas e restaurantes caríssimos e uma boate da moda.
Fui ao Pier com meu namorado esses dias, apenas pra pegar um cinema, e vejam só, ficamos chocados com a quantidade de meninos e meninas no início da pré-adolescência. Mas o que nos deixou mais atordoados eram suas vestimentas, atitudes, caras e bocas. Se não fossem os dentes de leite e a falta de seios, dava pra jurar que qualquer uma daquelas ninfetas tinha 20 anos. Elas abusam do decote (um soutianzinho com enchimento pra ajudar), do salto alto, da maquiagem pesada, das bolsas de marca, do glitter. Os meninos que as acompanham tem muito menos apetrechos para disfarçar a pouca idade. Uma calça caída e um boné pra trás pra tentar tirar de playboy, mas a carinha sem espinha entrega os recém completos 11 anos. Meu primeiro beijo na boca foi com 10 anos. Bem cedo. Mas eu não perdi minha infância por causa disso. Minha mãe não me deixava me vestir que nem uma boneca de porcelana, nem sair de casa às 23h.
Esses dias também fui a uma festa de desconhecidos. Começamos a conversar sobre sexo, táticas e afins, de repente eu descobri que a menina mais velha da mesa tinha 19 anos. Elas tinham 15, 16, 17 anos com uma experiência MUITO mais vasta que a minha, do alto dos meus 23 anos. Cada frase que eu ouvia, me chocava mais um pouco e eu consegui sair de lá totalmente atordoada. Lembrei que quando eu tinha 16 anos, um beijo na boca me deixava com o frio na barriga mais intenso do mundo e um menino passar a mão na minha bunda já era way too far.
Fico impressionada e confesso que preocupada com a velocidade em que essa nova geração está vivendo as coisas. Atropelam tudo que é importante na vida! Cada fase tem sua magia e é uma pena que tudo isso esteja se perdendo.
Espero que meus filhos possam ter o que eu tive. Uma infância, uma adolescência e uma vida adulta. Tudo a seu tempo.
Nona88
Há 12 horas