domingo, 11 de setembro de 2016

Quanto tempo é tempo o suficiente?

Nossa querida Charlotte York, de Sex and the City, tem uma interessante teoria sobre o tempo que levamos para superar um amor perdido. Ela diz que o tempo correto é metade do tempo que a relação durar, mas será que isso faz algum sentido? Oras, se a pessoa termina um casamento de 30 anos, então a coitada vai demorar mais 15 anos para colocar o carro na rua de novo e isso simplesmente não faz sentido!

Brincadeiras à parte, afinal, quanto tempo demora para nos sentirmos prontos ou até mesmo livres daquele maldito sentimento de perda que nos toma quando terminamos um relacionamento ou mais uma vez nos apaixonamos sem ser correspondido?

Essa superação depende de uma série de fatores, é claro, entre eles: a intensidade do sentimento, o motivo do término, sua personalidade, o momento que está vivendo nos outros campos da sua vida, mas pelo menos para mim, o fator principal está numa palavrinha chamada CLOSURE.

É aquele momento em que vocês já não tem mais nada a dizer um para o outro, onde não há nada sem resposta, onde você vê finalmente tudo preto no branco, as coisas como elas são e aceita ou se conforma que a única saída é move on e partir para a próxima.

É impossível falar em tempo exato. 2 semanas, 1 mês, 1 ano e meio? Já tive namoros superados em um mês e paixonites não-correspondidas que mesmo depois de anos ainda mexem comigo. Quando o tal ponto final ainda não apareceu, você não consegue fechar essa gaveta.

A verdade é que, particularmente falando, como os homens não costumam gostar muito de sinceridade, eu frequentemente fico tempos e tempos viajando, analisando, rebobinando, na esperança de encontrar a resposta para aquele velho "onde foi que eu errei?", como se tudo pudesse ser simplesmente resumido a mim e/ou a alguma pisada de bola.

Porém, por mais dramático que isso possa parecer, para mim um momento crucial tem sido determinante no processo de seguir em frente e superar: o tal ver o bofe com outra pessoa. É uma dor dilacerante muitas vezes, que dá aquela pontada no coração, que mais parece um soco no estômago e que às vezes era o tapa na cara que precisávamos para acreditar de verdade que aquilo acabou. Quando a gente gosta de alguém, inevitavelmente, nem que seja naquele fundinho escuro do coração - que até nós mesmos temos vergonha de admitir que existe! - temos aquele fiozinho mirrado de esperança de uma possível volta ou milagre divino. Aquele sonho secreto de que a pessoa vai te procurar e te dizer que errou e vocês vão ser felizes para sempre.

Seria muito mais fácil que a gente pensasse de modo exclusivamente racional e rapidinho conseguíssemos ver tudo com claridade e tocar a vida, mas infelizmente, às vezes precisamos daquela medida drástica para entender coisas que não conseguimos compreender de cara.

Portanto, minha dica é: respeite seu tempo. Cada pessoa, cada relação, cada sentimento é diferente um do outro e vai levar o exato tempo necessário para ser curado. Não julgue as outras pessoas porque elas não tem o mesmo tempo que o seu - qualquer hora você pode estar do outro lado da história, pois ninguém está imune a um sentimento avassalador ou a uma relação mal-acabada.

Just TAKE YOUR TIME. MOVE ON. AND BE HAPPY.