segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A mulher-atenção

Nesse blog, temos uma tag chamada "espécie de homens catalogadas", mas na última balada que eu fui, percebi que estou perdendo tempo em também não catalogar certas espécies de mulher.

Eis que semana passada uma aluna minha me convidou para seu aniversário em um Pub da cidade. Às quintas-feiras eles fazem um karaoke com banda, aparentemente super legal.
Na verdade, eu nem queria ir, pois estava muito cansada, mas essa aluna me mandou mensagem no mesmo dia intimando minha presença e em consideração a ela, que gosto muito, fui assim mesmo. Mas claro, levei um amigo que adora karaoke para me acompanhar.

Chegando lá, meu amigo já conhecia metade do pessoal que estava lá, inclusive uma certa doninha que ele descreveu da seguinte forma:

- Essa mina é muito doida!

Quem não é, certo? Acontece que a garota é simplesmente fora do comum.

Ela é bonita, extrovertida, gosta de beber, de dançar, de cantar, de seduzir. Até aí tudo bem. Estava lá, super empolgada com as amigas, como uma mulher baladeira comum. Subiu no palco e cantou "You oughta know" da Alanis Morissette com uma voz não muito boa, mas com uma interpretação memorável - detalhe que ela usou dois microfones ao mesmo tempo, dando margem a inúmeras piadas sexuais. Eu dei risada e tudo certo.

A coisa começou a ficar preta quando meu amigo resolveu me abandonar e eu fiquei muito tempo analisando o comportamento dela.

Primeiro que ela dava mole para TODOS os homens que ela via. Sem sacanagem! Dançava se esfregando, se insinuava, falava ao pé do ouvido ou perto da boca, apertava os braços do cara, abraçava, etc. Vi até um cara com o qual uma amiga dela estava flertando, ser alvo de uma bela rebolada concentrada nos países baixos do rapaz.

Quando comentei com meu amigo sobre o fato, ele disse que ela tinha namorado. Quando eu chamei o pobre coitado de chifrudo, ele defendeu:

- Não, ela não é assim, não. Ela dá mole para todos e quando alguém chega, leva toco.

Fiquei pensando se aquilo deixava ela uma pessoa melhor ou pior, mas logo cheguei à conclusão de que meu amigo estava redondamente enganado: não demorou muito para que ela finalmente escolhesse um e agarrasse. Tudo bem também, se ela não tivesse continuado a se esfregar em quem passava, na frente do cara que estava pegando.

Depois, quando a banda deu intervalo, um DJ começou a tocar. Ela começou a dançar loucamente com as amigas. De novo, até aí tudo bem. Tem músicas que agitam a mulherada e uma delas chama-se "Girls just wanna have fun" da Cindy Lauper. Quando essa música tocou, a garota ficou insandecida e subiu no palco, pegou o microfone e começou a cantar junto com a música, gritando, a fim de chamar a atenção de todos a qualquer custo. E conseguiu! De repente, não mais que de repente estávamos todos assistindo àquela cena ridícula. Alguns achando engraçado; eu já tinha passado de "achar engraçado" para "total vergonha alheia". Quando menos esperávamos, subiram mais umas 10 malucas em cima do palco e ninguém mais conseguia curtir as músicas, porque elas ficavam cantando junto no microfone.

Havia uma noiva fazendo despedida de solteiro lá e logo ela começou a campanha do "NÃO CASA!", espalhando para todos que deveríamos repetir essa frase bem alto quando a noiva subisse no palco para cantar. Quando eu comentei com meu amigo que as encalhadas queriam que a noiva não se casasse, ele disse:

- Não, nada a ver, essas meninas podem dar para o cara que elas quiserem!
- Ué, eu também! Mas pergunta se tem um que levaria elas a sério?
- Não! É, você tem razão!

Me chamou de "amiga" e em um determinado momento só não caiu no chão de tão bêbada porque eu a amparei em meus braços e disse: "opa, não cai, não". Nisso, ela ficou me olhando uns 2 minutos fixamente como quem procurasse alguma coisa e depois sorriu e saiu cambaleando.

Até banho de champange eu, minha aluna e meu amigo tomamos. Aquilo estava totalmente fora do normal!

Oras, não sejamos hipócritas! Vira e mexe eu tô por aí bebaça, sou super extrovertida, adoro dançar e cantar. Chamar atenção?? Quem não gosta de chamar? Claro que gostamos! Mas como diria meu amado pai, "tudo demais é veneno". No fim da festa, eu já estava com pena daquela menina: para que TANTA necessidade de chamar atenção?

Eu acho que essas minas que parecem ter a maior auto-estima do mundo, são as mais inseguras! É o tipo de mulher que todos olham e desejam bulinar, mas é a típica Bavária, a cerveja dos amigos. Todos pegam, todos compartilham e principalmente: todos zoam e falam mal dela quando se juntam. De verdade? Tenho pena de gente assim. Quer chamar atenção a todo custo, mas da pior forma possível. Quem nao é visto, não é lembrado - e essa aí com certeza jamais será esquecida. Só não sei se da forma como ela esperaria!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Respeite-se!

Gente, estou aqui para falar de algo sério que está em falta no mercado, especialmente entre nós mulheres: respeito por si mesma.


Relacionamentos são complicados. SEMPRE! Não é só porque homens e mulheres são diferentes, porque homossexuais também sofrem com a dificuldade de se relacionar. O problema é que somos seres humanos!! Cada um com suas qualidades, neuras, defeitos, dons, qualidades, inseguranças... e por isso, não gosto de radicalizar quanto a esse assunto e nem tô aqui para dizer que ninguém deve lutar por um relacionamento.

As pessoas mudam! Evoluem! E muitas vezes, os erros que cometeram no passado realmente não cometem no futuro. Então, resumindo, não sou contra segundas chances! E já fui muito crucificada por isso, inclusive nesse mesmo blog, por pessoas radicais que acham que quando alguém pisou na bola, este deve ser banido da sua vida e humilhado em praça pública.

Mas, porém, contudo, entretanto, segundas chances ficam a uma linha tênue de distância da falta de vergonha na cara. O que eu quero dizer é que tem muita gente por aí dando murro em ponta de faca à toa, correndo atrás de quem nem sequer lembra que você existe!

Esses dias ouvi no rádio um programa que as pessoas ligam e pedem para os radialistas tentarem resolver um problema para eles. Não é necessariamente de ordem amorosa, pode ser com o pai, com um amigo, com o chefe, qualquer tipo de insatisfação.

Fiquei horrorizada porque uma mulher se prestou ao papelão de, depois de cansar de levar fora do ex-marido, ligar para a rádio pedindo para que eles intercedessem por ela junto ao bofe! Gente... pára!! Primeiro que é cafona demais! (hahahahaha) Segundo que pelo que ela contou, ele já estava humilhando-a, imagina ser humilhada em rádio nacional?! O cara foi um gentleman, disse bem educadamente que não rolava mais, que a história deles já tinha acabado e que ele já tinha dito isso para ela, mas ficou claramente constrangido com aquela situação.

Gata, é o seguinte: já ouviu falar em "não quer, tem quem queira"? Poxa, nós mulheres precisamos aprender a nos valorizar! Aquele velho papo que a gente nunca aprende: se não nos valorizarmos, quem vai?? Agora... ficar implorando por migalhas de uma pessoa que não te quer mais? Para que, sabe? Se submeter a humilhação, a constrangimentos, eqnaunto a vida está aí na sua janela... simplesmente passando! Quiçá (ui!) cheia de oportunidades maravilhosas de você conhecer um outro bofe que vai te fazer muito mais feliz do que seu ex tenha te feito algum dia!

Sofra! Sofra mesmo, porque é a única maneira de superar a perda, mas volte à vida!! Esse luto não tem que durar eternamente! O que tem que durar eternamente e independente da situação é o auto-respeito! Isso deve ser inabalável!
Experimente um pouco disso... você verá como sua vida vai mudar! ;)

domingo, 21 de outubro de 2012

A arte de segurar vela

Hoje foi mais um daqueles momentos detestáveis da vida: conhecer a nova namorada do seu melhor amigo. Olha, sejamos sinceros: é aquele momento em que as duas serão muito simpáticas, tudo pelo bem do amigo em questão, mas cada uma meio que inconscientemente tentando provar quem é mais importante na vida dele. E claro, aquela fase analítica, onde cada palavra ou gesto pode ser fator determinante na hora de decidir se as duas serão amigas ou rivais (sempre torço pela primeira opção, acreditem!).

Como se a situação já não fosse tensa o suficiente, meu amigo resolveu chamar o irmão para ir junto. Até aí, tudo bem. O problema é o que o irmão também levou a namorada. E eu, que atualmente não tô pegando nem gripe, ia ser vela mais uma vez.

Vida de solteiro - assim como vida de casado - tem seus momentos de altos e baixo. Vantagens e desvantagens. E se eu fosse nomear as desvantagens mais chatas, segurar vela seria TOP 3.

E seus amigos sempre tentam te convencer de que você não está de vela. "Ah, nada a ver!" ou "Mas a gente nem fica se pegando!". Oras e desde quando precisa que o casal esteja se atracando para ser considerado vela? O conceito de segurar vela é você e um casal estar no mesmo ambiente se esforçando para parecer natural ao invés de constrangedor.

E sinceramente, na noite de hoje, não sei o que foi mais constrangedor: segurar vela enquanto meu amigo e a namorada, que estão na sua segunda semana de namoro, ficavam de mimimimi ou segurar vela, enquanto o irmão dele e a namorada disputavam para ver quem reclamava mais um do outro. Ou será que foi o silêncio desesperador que por vezes acontecia? Ou será que foi ter que sentar na ponta da mesa, já numa situação "estou isolada do resto do mundo"?

Segurar vela me traz sensações não muito agradáveis! Primeiro, a sensação que tem um elefante enorme em cima da mesa, mas que ninguém quer comentar sobre ele: eu mentalmente me cobrando "preciso de um namorado", nem que seja para não passar mais por essas situações constrangedoras. Também me faz me sentir mal o fato de que os casais ficam meio pisando em ovos, para tentar me fazer o menos desconfortável possível, se esforçando ao máximo para me incluir de algum modo no assunto - mesmo que eu nao tenha nada a ver com ele! - ou fazendo perguntas bobas para mim, numa tentativa de demonstrar algum certo interesse, para que eu não me sinta tão excluída da sociedade.

E no final das contas, parece que todo mundo aproveitou a noite, menos você, que estava tão preocupada em não demonstrar seu extremo desconforto, que só pensava em quanto minutos faltava para alguém ter coragem de pedir a conta e finalmente eu poder voltar para um habitat que eu considerasse natural.

Amigos casais, por favor, não me chamem mais para sair de número ímpar. E eu prometo não fazer o mesmo quando eu estiver do outro lado da situação! Porque sinceramente, e tentanto não deixar o péssimo trocadilho influenciar na mensagem desse post: segurar vela é a maior queimação!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A lógica esquisita dos homens

Hoje tive vergonha de mim! Descobri que tenho um quê de mulher machista, foi quase sem querer! Ouvi a seguinte história:

- Ah, aí ele disse que passou o FDS com uma mina, gostou e tal, só que ela estragou tudo porque na segunda-feira mandou uma mensagem que dizia "meu coração tá apertadinho de saudade!".

Ao que respondi:

- Vixi, estragou mesmo!

Claro que eu já sabia que não se manda mensagem pro cara que você tá ficando assim sem que ele tome o primeiro passo. E isso me deixou pensando... POR QUÊ????

Bom, tirando o fato da mensagem ser brega, qual é o problema de mandar uma mensagem para alguém que você gosta? Por que ele disse que ela estragou tudo?

Não entendo essa necessidade de o homem sempre querer fazer o papel do caçador, enquanto a gente tem que ficar fingindo que não está interessada, para que ele se sinta na obrigação de vir atrás da gente!

Sério! NÃO FAZ SENTIDO!!

Você foi lá, passou um fim de semana maravilhoso com a garota e ela não pode te mandar um diaxo de uma mensagem que você desconsidera e desinteressa? Oras, não era para ser o contrário?!?!

A gente acha que com o passar do tempo as coisas vão mudar... não mudam nunca... Complicado!!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Onde se ganha o pão, não se come da carne

E então... qualquer lugar é válido para arranjar um novo romance?
Balada, clube, igreja, bares, ruas, viagens, trabalho... TRABALHO?!

Oras, até um certo tempo atrás, eu pensava: "pow, não tem problema nenhum em se envolver com alguém do trabalho", mas ultimamente tenho tido minhas dúvidas! Afinal, analisar uma situação é muito fácil, até que ela aconteça com você.

Ok, se envolver com alguém que trabalha diretamente com você, na mesma filial, na mesma sala, é meio doido e muito perigoso. Nesse caso, é perigoso até ser muito amigo de alguém. É praticamente impossível desassociar uma coisa da outra. Ser amigo do seu chefe? Se ele te demitir, você acha que a amizade vai continuar?

Afinal, o ser humano é capaz de separar o pessoal do profissional?

Mas no amor a coisa parece ainda pior. Vai lá, se envolve com a pessoa e não deu certo. O cara foi um total jerk contigo. Como é o day after? Tem gente que precisa ficar um ano longe do ex-namorado para superar, imagina se seu ex for seu co-worker?
Complicado! Imagina se ele for seu chefe? Ficar recebendo ordens de alguém que você só quer que morra ou que você ainda ama? Mais complicado ainda...

Olha, está rolando boatos de quem tem um cara da minha empresa me querendo. E até começarem esses boatos, eu nem pensava em nada, mas sabe como é, a curiosidade bateu e eu agora fico pensando toda hora em como seria isso e jogando charme para ele quase que inconscientemente. Mas ao mesmo tempo, me pego me censurando de hora em hora e pensando: "No good can come from this!" - afinal, vale a pena arriscar o emprego por causa de uma pequena crush? E ao mesmo tempo, me envolver com ele seria necessariamente arriscar meu emprego? Mesmo sabendo que não trabalhamos na mesma filial, ele é uma espécie de supervisor do meu trabalho. Me envolver com ele de alguma forma, mesmo que não seja nada sério, poderia prejudicar nossa relação profissional? Seria ele, seria eu, seríamos nós capazes de separar as coisas, de fato?

Na teoria, sim. Mas na teoria, tudo é sempre muito simples.

Eu não escrevi esse post para dar dicas para quem está pensando em se envolver com alguém do trabalho, mas sim para que alguém venha aqui e diga que isso seria uma grande besteira ou que não tem problema nenhum fazer isso.

E então, pessoal, o que acham? Afinal, o ditado "Onde se ganha o pão, não se come da carne" é tão verdadeiro assim?