quarta-feira, 30 de junho de 2010

Os Empata-foda

Olha, eu adoro Brasília! Mesmo! Mas esse negócio de você ir nas baladas e sempre encontrar as mesmas pessoas, pode dar mais rolo do que você imagina!

Vejam vocês que eu conheci um gatinho forrozeiro – doida pra quebrar a cara de novo, né? Mulher não aprende nunca, impressionante! – há mais ou menos um mês atrás, quando ainda me recuperava muito vagarosamente do término do meu último relacionamento. Ele pediu meu MSN e conversamos poucas vezes. Ele é amigo do namorado de uma amiga e coincidentemente, estuda com uma aluna minha. Até aí, tudo bem.

Domingo rolou um reencontro no forrózinho café-com-leite. Ele estava lá, todo gatinho e com os moves forrozísticos de sempre; porém, notei que estava meio caladinho. Como todo mundo tem seus issues, tentei não interferir muito na intimidade do rapaz que mal conheço. Eis que forró vai, xaxado vem, baião vai, xote vem, começamos a batalha testa-com-testa – estratégia normalmente infalível dos forrozeiros de plantão. Aquela coisa maluca, respiração ofegante, a platéia de plantão assistindo e se perguntando “Vão ou não vão beijar?!”, um experimentando o suor um do outro, os carinhos nas mãos e no pescoço e de repente... O xote acaba! Quase querendo matar o sanfoneiro que deixou o acordeon parar de chorar, nos abraçamos por alguns segundos mais do que normalmente nos abraçaríamos.

Quando as coisas esfriam um pouco, chega o ser dono deste post aqui e pergunta quase que sem respirar de tão rápido: “Dany, vamos dançar?”. Eu muito atordoada concordo com a dança. Ele olha pro gatinho forrozeiro e diz: “Posso dançar com ela?”. Este, tão atordoado quanto eu, responde: “Ô!”. Daí lá fui eu sendo arrastada para longe do meu pretendente por um ser que, vamos combinar, é no mínimo repugnante! Picture the scene: o cara dança comigo esfregando minhas costas, falando obscenidades no meu ouvido enquanto me aperta na cintura impedindo minha fuga. Eu, só xingando, indignada e me perguntando why the fuck eu já fiquei com um cara desses! Depois que consigo me esquivar, o tempo fecha totalmente.

O novo forrozeiro de minha vida diz ter entendido “É bom dançar com ela, né?” ao invés de “Posso dançar com ela?” (por isso o tal “ô!”) e que ficou sem entender porque eu fui roubada na cara dura. Empata-foda number 1: o sem-noção que a partir de agora entra para minha lista negra de uma vez por todas. Apesar de todo o rolo, nada rola entre nós após o mal-entendido.

Volto para casa com a pulga atrás da orelha e no outro dia descubro quem é o empata-foda number 2: minha querida aluna. Parece que o forrozeirinho esteve enrolado com uma amiga da aluna em questão e para não ficar feio, preferiu não ficar comigo na frente dela, e portanto, a tal amiga era o motivo pelo qual o rapaz estava tão introvertido. Aparentemente o tal rolo não está totalmente resolvido e cá estou eu me envolvendo onde não devo, novamente.

Seja lá o que for, acho melhor eu começar a variar mais os lugares onde vou. Ao que parece, os fantasmas não me deixam em paz! E tome-lhe assombração! Abaixo os empata-foda!

Um comentário:

Anônimo disse...

eu tenhoaltos empata fodas.. ainda mais que sao amigos de infancia. Alem de nao conseguir nada, sou zuada.