quarta-feira, 29 de julho de 2009

Brasília, um verdadeiro campo minado

Para quem conhece o CT&B há algum tempo sabe que nós, blogueiras, somos brasilienses. E como tal, somos apaixonadas pela nossa cidade, a defendemos com unhas e dentes como qualquer amante e natural de Brasília. É claro que cada uma de nós tem suas paixonites agudas por outras localidades desse Brasil, algumas amam Sampa, outras Balneário Camboriu, outras Salvador, ou Recife. O fato é que podemos amar de Recife a Londres, mas ninguém quer trocar a boa e jovem Brasília.

Fiz essa introdução para mostrar um lado meio diferente e para quem não conhece BSB (sigla pro nome da cidade) um ponto importante a ser discutido. Brasília é a cidade dos jovens (a cidade é infestada por jovens mesmo!), das baladas de pequeno e médio porte, raramente se vê um evento muito grande na cidade pelo simples fato das baladas aqui serem menores (muitos turistas e até mesmo gringos não curtem a balada brasiliense, mas fazer o que, né?), do transito relativamente tranquilo, dos endereços em números e letras, enfim cidade planejada.

Mas será que estava nos planos de Niemeyer que a cidade fosse habitada por homens tão mal-arquitetados?

Explico.

A espécie macholina que habita este solo adora dizer que os exemplares femininos da região são metidas, mal educadas, grosseiras, vazias, fúteis, blablablá... E também adoram nos comparar as goianas, se eles falam “Oi!” elas respondem pronta-e-simpaticamente. Já as brasilienses chegam com quatro pedras na mão, o contrário só é encontrado (de acordo com depoimentos macholinos) quando a mulher é interesseira e viu o carro que o playboy chegou na festa, ou ela ouviu dizer da amiga Camila sobre a óteeema condição da conta bancária do playboy (afinal em Brasília só tem você, seu amigo e o amigo do seu amigo), essas são as tais que sugam os homens, querem as suas almas.

Já dizia algum físico importante: toda ação tem uma reação. Não seria curioso que os homens brasilienses, esses tão reclamões, observassem como eles agem com a mulherada e assim entender o porquê da reação destas?

A gente adora dizer aqui que os forrozeiros são uma raça perigosa, que eles sempre acabam quebrando o coração de alguma jovem e desavisada moça que adora um xaxado. Mas o fato é que eles conseguem fazer, em geral, o que o resto dos homens de Brasília não fazem: divertir uma garota. Eles dançam, maioria das mulheres adora dançar, ponto pra eles. Eles sempre são seres simpáticos, riem do passo mal executado nos fazendo rir junto, ponto pra eles. Eles normalmente tem um bom papo e são diversificados, a gente tem dos forrozeiros cults que frequentam o CCBB em dia de Vanguart até os que descem até o chão num funk carioca, ponto pra eles.

Os pobres-homens-standard, como bem citou Dany, preferem, no entanto, um approach diferente. Nosso local cativo do coração, por exemplo, o Arena do Forró, abriga os dois tipos. Por ser um clube de futebol, muitos homens saem da pelada e partem pro ataque na hora do forró. Eles compram a cerveja, param de braços cruzados procurando uma vítima e logo, logo começam. Quantos trocadilhos Bárbara já escutou com seu nome? Quantos “solta meu braço agora” ou “tira a mão do meu cabelo” já proferimos? Quantos caras saem de casa cheios de mentira pra contar e historinhas ridículas só pra “pegar mulher” – como eles dizem – em vez de investir no bom papo? É tanta história cabeluda! Não há santo que agüente! Eles simplesmente não se/nos dão a chance de conhecer as meninas interessantes que estão por trás do olhar desconfiado por já chegar com a idéia de que somos mal-educadas, metidas e o escambau já citado.

Só há uma coisa a se concluir: brasilienses andam tão traumatizadas com o nível de non-sense de nossos conterrâneos, que todo mundo acaba pagando o pato. E sim, elas fizeram da paquera em Brasília um verdadeiro campo minado, pois por aqui, ninguém sabe onde está pisando. Nem elas, nem eles.


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Por Babi & Dany

PS: O hotpost de quarta-feira foi transferido pra quinta-feira, pra sempre! hehehe

4 comentários:

Se ferrando na Balada disse...

Caras C,T E B,

Deveras estimulante a discussão proposta sobre a interação social entre homens e mulheres na capital do meu País!De fato ocorreu algo nessa cidade para que rapazes e moças acabassem "lost in translation" de sentimentos e interesses. Minha teoria é que o homem utilizou tanto a mulher como objeto no passado(e ainda hj em alguns casos), que agora é a vez delas revidarem e mostrarem sua indignação.
O problema é que existe uma hostilidade natural das garotas daqui em relação aos homens. Como existem os idiotas que puxam cabelo e ficam pegando, elas acabaram generalizando e colocando todo brasiliense no mesmo saco de bandidagem.Injusto...
O seferrandonabalada.blogspot.com serve como estudo bem humorado dessa situação curiosa de BSB.É uma crônica à intolerância feminina para com os gajos(com o emprestimo da pelavra)...Na verdade praticamos situações nonsense, mas também nos portamos como jovens "normais" diversas vezes.A conclusão é que com ou sem firulas as mulheres continuam com a mesma atitude: "So vim dançar com minhas amigas" ou pepper spray em seus olhos...
Fica o questionamento:Quando chegaremos a um consenso?O que falta para as mulheres cederem e os caras tornarem-se bacanas?

Um abraço,
Leonardo Zelig.
P.S.:Eu perdoo as alfinetadas, mas da proxima vez irei censurá-las...hauhauahuah

DanyZinha disse...

Existe a hostilidade sim! Ja foi explicado no post: trauma. Elas nao acreditam mais que hajam bons gajos. Entao eh pepper spray msm. E sim, vcs praticam muitas situações que nao poderiam ter outro tipo de reação que nao essa.

E pra vc que gosta de censura: "Apesar de vc, amanhã há de ser outro dia..."
hehehehe

Puro Linho disse...

imaginei que o "se ferrando na balada" tinha algo a ver com isso...
...na verdade eu acho que é um fenômenos mundial.Moro em Campina Grande-PB, e gosto muito de ir a Recife, pq é perto, pq é maior, mais divertido e as mulheres são mais chatas. As chatas são aquelas que nos dão tocos só quando merecemos; algumas falsas simpáticas, não dão o toco, mas ficam só nos tirando de otário, dando corda pra nada e rindo no final. Gosto de mulher chata, pq chatice pra cara q puxa cabelo e braço sem a menor noção é sinônimo de ser seletiva e refinada e etc. Tem quem goste do outro tipo, mas nada se compara a sensação de conseguir fazer uma "chata" rir...
Descobri com o tempo que as mulheres sempre conseguem descobrir os homens que valem a pena,mesmo que demore;

Bárbara Freitas disse...

Leonardo Zelig,

Realmente tem dias que só saimos pra dançar, acredite! Eu não vou pro forró pra me enrolar com nenhum gajo forrozerio (Deus que me livre mais rolo!), vou pra beber minha xiboca e dançar até suar pelo salão. Já pensou que ela não está interessada em vc, sabe-se lá o motivo, e não quer jogar um pepper spray por pura educação?

É mais fácil chegar e dizer que foi só pra dançar do que tirar vc ou dizer "nao to afim" e vcs ficam lá ad eternum perguntando o pq do "nao afim". A gente sabe como é.

Puro linho,
Leeeegal vc por aqui e adorei o comentário. É mais ou menos por ae, mulher que dá idéia pra qlqr um é complicado... E sim, as mulheres sempre conseguem descobrir os homens que valem a pena, mesmo que demore! Eu to aqui pra assinar embaixo. Meu eleito tá beeeem eleitinho e ele só vale a pena.

;)