quinta-feira, 12 de julho de 2018

Surpresas do amor

Já falei aqui sobre a fórmula da felicidade, em como parece que já traçaram os 5 passos para ser feliz (e que se você não segui-los, bye bye happiness!), mas graças a Deus, a vida é muito louca e a cada dia fica mais claro que não adianta ficar tentando prever seu destino: a gente nunca sabe o que o futuro nos reserva!

Tenho várias amigas que podiam jurar que já tinham encontrado o homem da vida, namoraram 4, 5, 6 anos e por isso estavam certas de que era isso mesmo e ele ia ser o marido e pai dos filhos, quando de repente... BAM! A vida ia lá e enchia a cabeça dela (dele) de dúvidas e todas aquelas certezas absolutas começavam a virar uma penca de question marks na cabeça.

Pois bem, ontem conversando no whatsapp com um grupo de amigas, uma delas - a única atualmente ficando fixo com uma pessoa - puxou o assunto sobre casamento, dizendo que adorava os doces, as lembrancinhas e tudo mais e disse: "casem-se e me chamem". Caímos em cima dizendo que era mais fácil ela ser a primeira a casar porque era a única que já tinha um "pretendente". Ela então resolveu contar uma história super louca de uma amiga e eu fiquei tão encantada com a história que pedi permissão para publicá-la para vocês. Como já é de praxe, usarei pseudônimos para proteger a privacidade de todos.

*Renan e *Alice namoravam há muitos anos. Fizeram tudo do passo a passo da felicidade: compraram um apartamento, foram morar juntos e depois de muita insistência da família super católica dele, resolveram ficar oficialmente noivos.

Começaram toda aquela conversa de organizar casamento, decidir padrinhos, lista de convidados, agendar igreja, pagar lua-de-mel, blablabla... Até que olharam para trás e viram que não era exatamente o que eles queriam. Que no fundo tudo aquilo era um desejo da família e não genuinamente deles. Resolveram se separar, para o trauma e choque de amigos e familiares.

A lua-de-mel para Miami estava paga, então Alice resolveu viajar para lá, de qualquer forma. Ela tinha um amigo chamado *Leandro que tinha um amigo cubano morando em Miami. Ele se sentiu tocado pela história de Alice e pediu para que o tal cubano a recepcionasse em Miami.

Os espertinhos já devem estar chegando à conclusão, não é mesmo? Pois é: Alice foi para Miami e voltou cantando "Havana, uh na na, half of my hy heart is in Havana, uh na na".

No começo foi aquela negação: o trauma de um noivado que chegou ao fim depois de tantos anos, o fato de estarem em países diferentes, nada disso tinha como dar certo. "Não vou nem namorar!", dizia ela. Mas... o coração da gente não tem mesmo juízo (ou tem, né!), e eles ficaram nesse vai e vem por alguns meses, mas sem admitir em voz alta que aquilo era real e sério. Até que um dia ele resolveu perguntar para ela "e ai? Isso é um relacionamento sério ou não?" e ela respondeu que namoro à distância não funcionava. A réplica dele? "Você tem razão. Então vamos casar!".

Sim. Não houve namoro e nem noivado. De viagens para o altar, em um ano e meio. E estão lá, há 8 anos juntos, vivendo super felizes. Quem poderia prever que algo tão louco poderia ser a coisa mais certa na vida deles?

Tudo isso para chegar à conclusão de que nem tudo o que reluz é ouro, que nem tudo que parece é, e que a cada rotação da Terra, temos a chance de chacoalhar a vida e tudo virar de cabeça para baixo. E isso não vale só para relacionamentos amorosos, mas sobre tudo na nossa vida. Muita atenção!

"E quem um dia irá dizer que exste razão para as coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?"

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