quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Ai de mim que sou romântica!

O povo me pergunta porque eu tô solteira há tanto tempo (na verdade, ainda nem fez 3 anos. Mas como meu último namoro durou só 3 meses, a gente pode contar com os quase 2 anos que fiquei solteira antes dele) e eu não sei o que responder.

As pessoas me acusam de ser muito seletiva, mas tenho a impressão de quem está comprometido, especialmente se for há muito tempo, não tem noção de que a coisa está feia. Não é simplesmente uma questão de querer ou não. É uma questão também de ser querida ou não. E de que, claro, alguns fatores pesam contra mim nesse momento:

1) Adoro balada, roupa curta e falo palavrão, então, obviamente, não sou mulher para você apresentar para sua mãe.
2) Faço 29 anos mês que vem.
3) Nunca tive relacionamento longo.
4) Ah, tá, vai, sou um pouco seletiva, sim e acabo ficando meio impaciente.

Mas vou contar para vocês dois episódios da minha vida que provam que não é tão simples quanto achar que eu escolho demais. Vou contar dois, mas vai parecer que é só um:

Estava eu lá, linda e ruiva, de boa na lagoa, quando de repente um certo alguém vem e se "declara" pra mim no whatsapp. Fiquei chocada, não esperava. Ele me pediu pra pensar. E foi o que eu fiz. Comecei a pensar na pessoa que ele era. Rapaz muita gente boa, extrovertido, carinhoso, trabalhador, blablabla, tudo o que uma mulher podia pedir a Deus e, mesmo sem ele fazer meu tipo, baixei a guarda e resolvi dar uma chance. Achava que estava entrando num local seguro, ele não fazia o tipo galinha. Tinha certeza que ele não ia me magoar e na verdade eu tinha era muito medo de magoá-lo. Depois de duas ou três semanas de intensa conversa no whatsapp, ele vira e fala pra mim que vai se mudar de Brasília.

A outra história é mais ou menos igual. Veja bem... o universo anda tão sacana que nem sequer se dignifica a mudar a história e manda duas repetidas: uma atrás da outra.

O primeiro, ainda depois da mudança, continuou num flerte eterno comigo, e eu continuei com a guarda lá embaixo, cogitando coisas, pensando, refletindo, até que ele resolve me dar o gelo do século e, assim como qualquer outro que eu fique numa balada, some e nunca mais olha para trás.

O segundo ainda não foi embora de Brasília e vez em quando vem demonstrar sua extrema dúvida e sua firme vontade de continuar ficando comigo, mas já deixei claro: WHY BOTHER? A gente continua, daqui a um mês você se manda e eu fico como? E você, fica como? Melhor não complicar as coisas.

Aí a pessoa mal sabe da minha vida e fala que "eu escolho demais"? Faça-me o favor! Abri meu coração para pessoas inimagináveis e não adiantou nada.
Não é melhor voltar a se proteger e ficar de boa, nas minhas baladas, sem me envolver?

No fundo, eu sou a personagem da música MUTANTE, eternizada pela Daniela Mercury.

"Juro que eu me sinto um pouco rejeitada, me dá um nó na garganta
Choro até secar a alma de toda mágoa, depois eu passo para outra
Como um mutante, no fundo sempre sozinho, seguindo o meu caminho
Ai de mim que sou romântica!"

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