quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Papo sério - por que o uso de proteção está sendo ignorado?

Boa noite, pessoal!

Hoje vou deixar um pouco de lado as piadinhas e sarcasmos para falar de um assunto muito sério: a quantidade de gente fazendo sexo sem camisinha.

Estava lendo uma reportagem agorinha que alertava sobre os números altíssimos de DST que figuram aqui no Brasil. O número disparou nos últimos tempos simplesmente porque o brasileiro anda bem despreocupado em cuidar da saúde sexual - da sua própria e de seu/sua parceiro (a).

A verdade é que as pessoa andam se preocupando só com gravidez e quando descobrem que suas parceiras tomam anticoncepcional relaxam de vez. Até mesmo quando elas não usam, eles fazem aquela velha sugestão simples "qualquer coisa é só tomar pílula do dia seguinte".

Tem muita coisa errada nesse pensamento. Para começar, vamos falar do efeito da pílula do dia seguinte no corpo de uma mulher. Esse comprimido é nada mais nada menos que uma BOMBA DE HORMÔNIO (com efeito abortivo segundo pesquisas). Ele não só causa um efeito que não necessariamente seria a intenção de quem toma e nem é 100% garantido, mas faz um mal danado à saúde da pessoa. O remédio é tão forte que não é recomendado que se tome mais de uma vez em 6 meses. E é muito simples para o homem contar com isso, pois afinal de contas, ele não sofrerá as consequências e mais uma vez o fardo de se cuidar recai única e exclusivamente sob a mulher. A gente escuta tanto "mas com camisinha é muito ruim" ou "eu não consigo sem camisinha", que já perdi as contas.

Segundo e não menos importante, vem a falta de preocupação com doenças sexualmente transmissíveis. Aquela velha síndrome do super-homem, onde você acha que essas coisas só acontecem na TV ou com os outros, mas que seu santo é forte e você nunca vai passar por isso. A preocupação com o outro então é inexistente! Se você não está preocupado com sua própria saúde, é óbvio que se importará muito menos com a dos outros.



"Quase quatro em cada dez brasileiros de 18 a 29 anos ouvidos na pesquisa “Juventude, Comportamento e DST/Aids”, que entrevistou 1 208 pessoas nessa faixa etária em 2012, admitiram não usar preservativo em sua última relação. É mais uma evidência que corrobora uma triste constatação: nesse grupo, o fator de risco para doenças que mais cresceu nas últimas duas décadas foi o sexo inseguro. De 1990 a 2013, migrou da 12ª para a 2ª colocação na faixa dos 15 aos 19 anos e do 6º para o 2º lugar para quem tem entre 20 e 24 anos – só perde para o consumo de álcool."




Se esses dados não forem alarmantes para vocês, não sei o que será.

Todos nós já acabamos caindo na tentação e transando sem camisinha, porque CLARO, é muito mais gostoso, mas será que vale a pena o risco?

Com o Brasil sendo país referência no combate à AIDS e hoje em dia ser muito difícil ouvir falar de alguém que contraiu o vírus e morreu por causa dele, parece que as pessoas se tornaram auto-confiantes ao extremo e acham que não tem problema praticar sexo inseguro. Mas e as outras DSTs? Você está interessado em contrair gonorréia, HPV, sífilis, hepatite B, entre outras, só porque camisinha tira um pouco da sensibilidade do órgão?
Será que não é possível encontrar prazer no ato como um todo, em todas as partes do corpo, no envolvimento, ao invés de ficar focado em um pequeno e rápido desconforto que pode salvar a sua vida?

Gente, é o seguinte: sexo é uma delícia. Sexo sem camisinha então, nem se fala (nem vou mentir dizendo que é ruim!). Mas VIVER e COM SAÚDE é ainda mais! Então coloquemos todos nossas mãos na consciência e tomemos mais cuidado conosco e com a pessoa que está dividindo esse momento de intimidade com a gente! Que tal jogar essas estatísticas ruins lá para baixo? Vamos fazer nossa parte?! =)

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