terça-feira, 27 de maio de 2014

Desvendando o universo masculino - tudo o que você sempre quis perguntar e nunca teve coragem - PARTE FINAL

Vamos chegando ao gran finale da nossa série de posts provenientes das entrevistas que realizei com esses 15 rapazes super legais que toparam falar abertamente sobre o comportamento sexual e amoroso deles, para o nosso deleite!

Para aqueles que vierem aqui e disserem "Mas não eram 15 perguntas? Você só pôs 12" - foram 15, mas uma ou outra era uma pergunta agregada, que eu puxava de acordo com a resposta do cara.

Então vamos ao que interessa!

1) A primeira pergunta era sobre mulher fácil. Muitos homens divergem quanto a classificar uma mulher como fácil, quais são as características que a tornam fácil (no sentido ruim da palavra mesmo). Podemos ver que muitos deles ainda são bastante machistas, mas que outros, pelo menos em tese, têm uma visão diferente.

Para o estudante CF, 26 anos, solteiro, tudo depende da sua discrição: "Mina que tá solteira e pega todos que ela quiser, tá no direito dela, mas tem que ser inteligente; eu diria elegante. Do mesmo jeito que os homens tem de ser. Não rola de sair por aí espalhando". Alguns não escondem o machismo, como o professor de educação física JR, 26 anos, solteiro: "Se der de primeira pra mim é fácil, sim. Pelo menos eu não gosto de mina muito fácil". O coordenador pedagógico MC, 27 anos, solteiro, é categórico: "Piriguete que pega todo mundo. Sou machista ainda, sei que homem também faz e tal, mas mulher acho piranha mesmo". O bancário, BP, 27 anos, enrolado, diz: "Acho que garota fácil é quem fica com todo mundo. Se ela sai ficando com todo mundo, pra mim é uma garota fácil. O mundo é machista né, e eu me incluo um pouco nisso". Apesar dessa visão extremista, ele pondera outo ponto: "Não necessariamente só porque foi "fácil" ficar com uma pessoa, ela seja fácil. Às vezes foi fácil porque ela já nutre algo por ti, e dessa forma foi mais simples". O professor de educação física, GA, 32 anos, namorando, também acha que menina que pega geral é fácil demais, mas jura que não tem nada de machismo: "Isso vale pra homem também. O cara que pega geral é um FDP, não admiro". O estudante de direito, AS, 22 anos, solteiro, tem um termômetro um pouco diferente: "Geralmente mina fácil é a que já ficou com vários do meu círculo de amizade. É o parâmetro que posso utilizar, poque são as pessoas que eu tenho contato".

Eu, particularmente, acho que isso não tem nada a ver. Se a garota é solteira e infelizmente se sentiu atraída por mais de uma pessoa do mesmo círculo de amizade, ela não deve nada a ninguém e pode ficar com quem ela quiser. Não é uma situação ideal, pode haver fofoca, ciuminho, entre outras coisas, mas não acho que a pessoa mereça ser julgada como vadia por isso. Também acho que uma mulher solteira, que não está a fim de compromisso, tem o direito de ficar com quem ela quiser. Dá para notar a diferença entre uma mulher vulgar, desesperada, e uma mulher livre, que está num momento de curtição. É muito triste sermos julgadas por essa liberdade, quando os homens tem todo o direito de fazer isso e não serem julgados por esse comportamento. Ou melhor, podemos atá de certa forma julgá-los, mas isso não é critério de eliminação e nem o torna uma pessoa necessariamente ruim.

Alguns meninos foram mais sensatos e específicos. O empresário DV, solteiro, 27 anos, ilustra bem o que eu acabei de defender ali em cima: "Se pegar geral, ela está no direito dela. Mas não é o fato dela pegar geral que a torna fácil. O que faz ela ser fácil é a forma como ela fica com os caras". O músico TJ, 31 anos, namorando, acha que ser "fácil" tem a ver com uma certa insegurança da mulher: "É uma garota sem opinião e segurança, que quer agradar sempre. Pegar geral é de boa. Cada um faz o que quer da sua vida". O tradutor SD, 28 anos, solteiro, concorda e faz uma crítica: "Mulher fácil é aquela sem respeito e amor próprio. Aquela que faz de tudo, por nada ou migalhas. Se ela quiser pegar geral tá no direito dela. Quem acha que não, é moleque. Rola, de fato, esse preconceito sem sentido". BRAVO!!

2) A próxima pergunta tem uma tênue ligação com a anterior: o que vocês REALMENTE acham de mulheres que tomam a iniciativa? Que fique claro que eu estou falando de INICIATIVA, não de abertura. Não daquele olhar, um sorrisinho. Mas de a mulher chegar no cara mesmo. Também perguntei qual era o melhor approach para não assustar o rapaz.

As opiniões foram divididas, mas a maioria gosta de mulher com atitude. O estudante CF de 26 anos acha que tem que ser simples: "Acho MUITO massa. É só chegar e conversar na manha". O músico TJ de 31 anos assina embaixo: "Acho realmente sensacional! A melhor forma é ser você mesma sempre." O professor de educação física GA diz: "Acho muito bom, realmente essa mulherada tá de parabéns. Um sorriso e ela se aproximando e puxando conversa já é ideal pra não ser vulgar. Admiro gente que sabe o que quer". O coordenador pedagógico MC, 27 anos, concorda e critica: "Acho legal. Sabem o que querem e vão atrás. Acho que na balada o melhor approach é um sorriso, e depois chega e conversa... Se algum homem se assustar com isso, não é homem". O tradutor SD, solteiro, 28 anos, adora e elogia: "Acho fantástico. Acho que o melhor jeito é sendo divertida. O foda são os caras babacas que acham que isso é vulgaridade; isso é sexy pra caramba porque mostra que a mulher é inteligente". O professor de educação física JR, 26 anos, solteiro, diz que não tem como confundir uma mulher com atitude e uma mulher vulgar: "Eu acho massa! Inclusive várias minas já tomaram a atitude de chegar em mim, o que não quer dizer que elas sejam fáceis, aliás não vejo problema algum em meninas de atitude. É difícil explicar, mas querendo ou não, você percebe quando a mina é fácil ou quando ela é atitude".

Mas como não dá para agradar a gregos e troianos, nem todos estão preparados para a "igualdade" de comportamento. Para o bancário BP, 27 anos, mulher que toma iniciativa não tem vez com ele: "Tem que ficar olhando, e sei lá, faz alguma brincadeira, algo assim. Chegar falando "oi, tudo bem" é meio esquisito, não que isso assuste, mas é meio vulgar. Tomar a iniciativa sutilmente, ir pra perto, dançar até o homem tomar o primeiro passo. Mas não acho legal mina que chega como se fosse homem: 'oi, tudo bom, e etc'". O professor de educação física FB, 27 anos, solteiro, justifica: "Eu acho legal, mas dependendo da forma que ela fizer, pode me intimidar. O melhor approach é deixar a impressão de que o cara está no controle, não pode ferir a virilidade. Se ela chegar de sola direito ao ponto, o cara se sente diminuído na sua figura masculina de conquistador, aquela coisa bem machista que fica gravada no fundo da pessoa que ela nem sabe que existe".

O empresário DV, 27 anos, solteiro, toca num ponto muito importante que deve estar na cabeça da mulher que deseja tomar a iniciativa: "Acho que elas tem muita coragem, pois se colocam em uma posição que normalmente são dos homens. Ao tomarem a iniciativa, elas saem da posição confortável que tem de dizer 'sim ou não' para quem chega, e passam a ficar na posição de receberem 'sim ou não'. Elas se arriscam. E eu acho isso muito legal. Primeiro elas tem que entender que não é porque são mulheres que sempre vão ficar com qualquer um que chegarem. Elas podem ser rejeitadas e isso é um fato". Ele também acha importante que ela chegue com humildade, ou pode acabar se estrepando: "Como quando um homem paquera, elas precisam ser simpáticas, terem uma conversa boa, um sorriso no rosto, se mostrarem interessadas no que o homem tem a dizer. Se for bonita então, dificilmente terão um não como resposta. Mas se se acharem a mais linda e gostosa do mundo, pode ser que fiquem chupando o dedo".

3) A última pergunta era sobre a relação com ex de amigo. Todas sabemos que a raça masculina é extremamente cooperativa com os amigos e que eles são muito leais (pelo menos uns com os outros, né?). Então a pergunta era a seguinte: "Ex de amigo meu pra mim é..."

A maioria esmagadora disse que não fica com ex de amigo sob nenhuma hipótese. Porém, alguns ponderaram. O estudante de direito AS, 22 anos, diz: "Se ele já tiver terminado e estiver com outra, e eu estiver muito a fim, eu falo com ele e vejo o que ele acha. Ficar sem consultá-lo, jamais". O professor de educação física FB, 27 anos, aponta as consequências: "Mesmo se ele tiver terminado e feliz com outra, fica uma parada chata. Se realmente eu for me envolver com a ex de um amigo é porque vai ser a mulher da minha vida e provavelmente a amizade vai se distanciar".

Ao contrário da maioria, o empresário DV, 27 anos, solteiro, tem outra visão: "Ela é uma mulher solteira que, se estiver interessada em mim e eu nela, não vejo problema nenhum em ficarmos juntos. Claro, desde que meu amigo não queira mais ficar com ela". O bancário BP concorda: "Só não azaro ex de amigo se ele ainda sentir algo por ela; se não, não ligo. E penso o mesmo por mim, não sinto mais nada pelas minhas ex, então quem quiser ficar com elas, pode".

Alguns foram radicais e disseram que não há a menor hipótese de ficar com ex de amigo. O coordenador pedagógico MC diz: "Pra mim, é que nem homem. Acho palha pra caramba dar em cima. Mesmo que ele já tenha terminado há tempos e esteja com outra." O músico TJ concorda plenamente: "Pra mim, é papelada alheia. Pode se jogar no meu colo que é papelada alheia, mesmo se já tiver terminado".

Para a maioria, se a pessoa for só um colega ou conhecido, não tem problema. Porém, para o tradutor SD, 28 anos, não tem conversa: "Defunto. Mesmo que já tiver terminado e feliz com outra, nada muda. Colega, conhecido, tanta faz, não rola".

Bom, gente, chegamos ao fim! Eu me diverti muito entrevistando e escrevendo os posts. Algumas respostas só atestaram o que eu já sabia, mas muitas me surpreenderam e me fizeram acreditar que ainda tem caras bacanas por aí! O machismo ainda é um grande problema e ainda vamos ter muita dor de cabeça por causa disso.
Quero agradecer de coração aos meninos que me ajudaram, espero que também tenham se divertido e que aprendam com as respostas uns dos outros.

Até a próxima, pessoal!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Federal Music - uma saga de clichês brasilienses

Eis que sábado foi dia de clássicos brasilienses na balada.


- Há sempre uma lição a ser aprendida em toda situação ruim.


Nesse caso, apenas uma: não vá em festa de censura 16 anos. Se eu tiver alguma leitora menor de idade, não precisa se ofender: você vai entender isso quando você for maior de 21 anos e não aguentar mais os meninos de 16. Trust me.

- Não existe gentileza. Existe negociação.

O cara de uma barraquinha lá fora oferece dois bancos para você e sua amiga sentarem. Gentil, né? Só até ele começar a insistir veementemente para que você consuma alguma coisa na barraca, com um tom intimidador.

- Fazer xixi em banheiro químico continua uma aventura desagradável.

Entre o malabarismo de ter que se equilibrar para não encostar naquela tampa - e contrair uma doença venérea ou algo parecido -, ficar na ponta dos pés para não errar a mira, torcer pro xixi seguir o fluxo natural, o fato de não ter papel higiênico (apesar de ter espelho) e lidar com gente batendo na porta desesperado enquanto você tenta se concentrar na tarefa, o cheiro - ou melhor, fedor - não ajuda nada, e você sai de lá sem ter feito todo o xixi que havia dentro de você e com vontade de vomitar.

- Aturar crianças entre 16 e 18 anos dando em cima de você, não é mole.


Venhamos e convenhamos, todo mundo aqui sabe que eu gosto de novinho (nada de menor de idade. Oras, tudo tem limite!). E eu juro que os novinhos que eu já fiquei tiveram a capacidade de manter uma conversa normal e aceitável para conseguir chegar ao objetivo final. Não se trata do número de anos vividos, mas do que tem dentro da cabeça dessas criaturas. Eu juro que um cara tentou me convencer usando a frase: "Você acha que novinho não sabe fazer direito?" e que um outro tentou me dar uma CARTEIRADA com a carteirinha de CALOURO de medicina, achando que isso fazia dele um ser super atraente. Sem contar com a constante necessidade de lutar karatê com esses calanguinhos de 7 mãos que querem porque querem relar em você sem a sua autorização.


- Homens bonitos demais continuam achando que não precisam se esforçar.


Eis que quando eu e minha amiga estávamos quase saindo da festa, nos encaminhando em direção à saída, dois rapazes de 27 anos nos abordaram! "Êeeeeeeee" gritamos por dentro, mais felizes ainda com o fato de que o que chegou em mim era SUPER GATO e o que chegou na minha amiga era professor de dança de salão - a.k.a, he got the moves like Jagger. Depois de muita conversa finalmente decente, partimos para o corpo a corpo e... UEN UEN UEN UEN... o super gatinho beijava mal!! Fazia tempo que não passava por esse desprazer - até porque, não ando pegando super gatos por aí -, mas já aconteceu mais de uma vez (e com as minhas amigas também!) de o cara ser um total disappointment! Não há coerência entre a beleza e o beijo, simplesmente não combinam. A expectativa é uma cruel bitch!

Note: é preferível um beijo entorpecente do que uma carinha linda para olhar. Just saying.

- Os homens continuam pedindo o seu telefone na balada sem ter a menor intenção de te procurar.

Só para deixar registrado.
Se bem que dessa vez até que é melhor ele ficar no canto dele. Just saying again.

- As meninas de 16 anos não param de usar roupas que mostram a bunda.

Hey, eu adoro roupa curta. Mas será possível que as meninas de hoje em dia precisam usar aquelas roupas que, além de serem embaladas a vácuo, acabam a uma distância de um dedo abaixo da polpa da bunda, fazendo com que elas não consigam nem sequer se movimentar direito? É possível ser sexy sem estar minimamente confortável?

Dentre tantos clichês, não podia faltar o fato de que não há balada, nem vodka, nem beijo ruim que te faça tirar a mente de um assunto mal-resolvido. Just saying and wraping it up.



terça-feira, 13 de maio de 2014

Desvendando o universo masculino: tudo o que você sempre quis perguntar e nunca teve coragem - parte III

Bom dia, leitores queridos! Vamos oa terceiro post da série que se originou da pesquisa que fiz com 15 homens de diferentes idades, profissões, personalidades e status de relacionamento.

1) A primeira pergunta era: "Você apresenta (em um evento específico de amigos, tipo reencontro, festa particular, aniversário do seu amigo etc) uma garota qualquer para seus amigos? E para sua família?" - Será que esse é um sinal de que as coisas estão ficando sérias, meninas?

Luckily, a maioria respondeu que não apresenta qualquer uma para amigos e família. Alguns apresentam para colegas que não sejam muito íntimos, mas amigos e família geralmente é coisa séria. Para o empresário DV, 27 anos, solteiro, não tem a menor chance de apresentar uma menina que não significa nada para ele: "Lógico que não. Pra entrar no meu círculo de convivência é preciso ser especial. Não é qualquer uma que ganha o direito de conhecer minha família e meus amigos. Se chegou a esse ponto, é especial". Para o professor de educação física, JR, 26 anos, solteiro, só há uma exceção: "Só se eu já pegar ela na balada com eles". O estudante de direito, AS, 22 anos, solteiro, lembra que educação nunca é demais: "Claro que não vou ser mal educado; se ela vir me cumprimentar e eu estiver com alguém, vou apresentar sim. Mas levar para um evento, não". Para o bancário BP, 27 anos, enrolado, não há problema em apresentar para os amigos, mas família é algo muito sério: "Amigos às vezes rola de apresentar uma qualquer, quando vou pra bar e etc. Família só namorada". O professor de educação física, GA, 32 anos, namorando, acha que fazer isso sem estar realmente interessado na garota é uma grande falta de consideração e desrespeito: "Se vejo potencial na pessoa pra algo a mais, apresento. Se não, não. Mas uma qualquer só pra dizer que tô com alguém não dá, respeito o sentimento dos outros. Acredito muito na lei do vai e volta". O coordenador pedagógico não apresenta porque tem um forte motivo: "Não apresento de jeito nenhum! Primeiro porque no meu grupo de amigos nego vai zoar demais, e só quem vale a pena pra mim, nesse caso, merece essa zoação. Porque se aguentar, é porque já vale a pena. Família muito menos! Tem que merecer!". O estudante de educação física GM, 23 anos, solteiro, tem um ponto de vista diferente: "Família tem que ser algo mais sólido. Amigos, se não for nada muito particular, eu apresento numa boa. Pra mim faz parte da "avaliação" da companhia".

2) A segunda questão é uma das que mais atormenta nossas mentes malucas femininas diariamente: o que separa uma ficante fixa de se tornar namorada? Porque às vezes achamos que o cara gosta de nós, mas não nos assume? Quais são os fatores considerados por eles na hora de promover a garota à oficial?

O consultor de vendas LL, 26 anos, solteiro, dá uma dica para perceber quando o cara não quer nada sério com você: "Enrolar seria tipo separar ela das coisas que ele gosta de fazer. Chamar ela pra fazer algo só quando não tem nada pra fazer. Esse tipo de coisa...". O coordenador pedagógico MC assina embaixo: "Uma coisa é fato: se não sair pros lugares, apresentar para galera depois de estar pegando há um tempo, vai ter futuro não". Para o bancário AL, 31 anos, enrolado, tudo é questão apenas de sentimento: "Sentimento. Às vezes a menina é bacana mas não te desperta, aí você fica ficando até que apareça uma que te desperte o sentimento. Ou você fica trocando até acertar... Acho que é o sentimento".

Eu, particularmente, acho isso uma sacanagem sem fim. Se você sabe que ela não te desperta aquele sentimento para namorar, porque continuar iludindo uma pessoa legal, que gosta de você, sabendo que vai acabar magoando-a? Será que não seria legal ter um pouco de consideração? Cozinhar alguém em banho maria até achar alguém melhor é muita crueldade. AL se defende: "Quem é que não gosta de alguém cuidando de você??? Então, vocês sempre cuidam da gente... talvez seja um motivo também pra gente manter". Dica para as mulheres: não cuidem de marmanjos que ainda não te levaram a sério. Quem sabe assim consigamos um pouco de sinceridade, né?

O música TJ, 32 anos, namorando, diz: "Quando faz parte da vida. Se falar todo dia, demonstrar ciúmes, se importar com tudo na vida da pessoa. Ai já rolou a promoção de ficante para girlfriend". O bancário BP, 27 anos tem apenas um motivo: "Quando não tenho vontade de ficar com outras, porque sinto necessidade de estar só com ela. Compatibilidade". O estudante AS tocou em um ponto interessante: "No meu caso, é questão de momento mesmo. Eu que não estou querendo namorar. Mas acho que é um conjunto de aspectos... Afinidade, cumplicidade, etc". Eu perguntei se existia esse tal de "momento" quando você realmente gosta de uma pessoa. "Sim, pode acontecer de eu gostar de alguém e começar a namorar, mas quando se sabe o que quer, fica mais difícil. Sou uma pessoa que se considera imaturo pra namorar, pelo menos por enquanto. Por isso meu racional muitas vezes acaba falando mais alto que o emocional". Achei justo evitar a fadiga se você sabe que mais para frente vai dar errado. O professor de educação física JR é contra enrolação: "Então, no meu caso eu não curto muito esse lance de peguete fixa, sei lá, acho que se estou com a mina a algum tempo prefiro namorar do que parecer que estou enrolando ela". O empresário DV acaba juntando todos esses motivos numa panela só: "Eu acredito que não exista fórmula mágica ou receita de bolo para uma relação dar certo ou não. Vai muito do momento que cada um está vivendo. Às vezes a gente encontra uma pessoa só que não se envolve muito pelo momento emocional que está passando. E para saber se o cara está enrolando é fácil: se ele evita saídas para lugares onde conhece muita gente, se não dá muita atenção para as conversas, se não falar muito dela pros outros, etc".

3) As desculpas mais comuns para não engatar um relacionamento sério serão listadas a seguir. Favor apontar as que podem ser reais e as que são com certeza e sempre falsas: “medo de relacionamento (medo de se envolver)”, “trauma por causa da última namorada”, “acabou de sair de um relacionamento longo”, “tem viagem de carnaval ou para o exterior programada”, “tenho medo de estragar nossa amizade”, “você é boa demais para mim”, “nos encontramos na hora errada”.

Nessa os meninos foram bastante diferentes. Embora eu ache que trauma e medo de relacionamento são pura conversa fiada, teve gente que respondeu que esses podem ser motivos reais, e não apenas desculpas esfarrapadas. O estudante CF, 26 anos, solteiro, fala sobre essa história de se encontrar no tempo errado: "Por mais falso que pareça, é verdadeiro. Tem umas pessoas que passam pela vida da gente quando não somos maduros o suficiente para entender". Para o bancário BP a única que cola é a viagem, porque pela viagem você adia o início de um relacionamento sério; o resto é tudo desculpa esfarrapada: "Não existe hora errada quando gosta, não existe medo de se envolver quando gosta, não existe trauma quando gosta, e etc". O músico TJ concorda plenamente: "Todas falsas. Quem quer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa". Para o coordenador MC, não há verdades absolutas: "Todas podem ser falsas e todas podem ser verdadeiras. Depende muito das experiências que cada um passou".

Pois é. Pelo que parece, nesse caso, vamos continuar com a pulga atrás da orelha!

Bom, por hoje é só! Espero que tenham curtido o terceiro post da série! Semana que vem tem mais!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Desvendando o universo masculino - tudo o que você sempre quis perguntar e nunca teve coragem - Parte 2

Caros leitores, para quem não leu o último post, fiz uma pesquisa com 15 homens de diferentes idades, profissões e personalidades, a fim de descobrir um pouco mais sobre esse universo por vezes obscuro e sombrio em que vivem os homens.

Na segunda parte, vamos adentrar um pouco mais sobre os motivos para perdidos sem explicação e também para o contrário.

1) A primeira pergunta questionava sobre a quantidade de garotas que um cara gosta de ficar em uma noite. Sabemos que hoje em dia é raro ir em alguma festa, balada, show e conseguir fazer com que um cara se renda aos seus encantos e fique a noite toda ao seu lado. Então, as respostas relatam o seguinte:


Apesar de casos como o do consultor de vendas LL, 26 anos, solteiro, “fico com quantas eu conseguir”, a maioria esmagadora dos meninos respondeu que prefere ficar com uma garota só na balada – inclusive ele! Clap, clap, clap, coisa linda de Deus – muitos ainda prezam mais por qualidade do que quantidade. Eles disseram que só partem para buscar outra se a primeira não foi lá uma Brastemp. Se a primeira for muito boa e convencer, eles “casam”.

“Às vezes a própria menina me dá um beijo e vaza, sabe? Daí eu procuro outra e acabo ficando com várias na mesma noite”, diz o professor de educação física, JR, 26 anos, solteiro – e ele tem razão. Afinal, o que funciona para eles, também funciona para nós: se o primeiro não foi tão bom, é vida que segue.

O bancário BP, 27 anos, enrolado, diz que não desgruda dos amigos: “Se eu fico com uma, e meus amigos vão andar, porque ninguém ficou com alguma amiga, eu saio e vou com eles. Se ela for gata e gente boa, antes de sair pego o telefone”.

O estatístico FM, 24 anos, solteiro, diz que gosta de ficar com duas: “Primeiro rola uma feinha para dar coragem. Depois eu chego na que eu realmente quero, quando estou me sentindo mais confiante”. Achei esse método muito do esquisito, mas ele jura que “homem também tem baixa auto-estima e nem sempre a bebida é suficiente para dar coragem”. Cada um com sua tática, né?


2) A segunda pergunta era: "o que te faz chamar uma garota para sair (a mesma garota que você pegou o telefone na balada) e depois inventar uma desculpa para não sair com ela, no final das contas?" Isso acontece, não é, meninas? Infelizmente, a gente acha que mandou bem, conseguiu um convite pra sair e o carinha vai lá e cancela, não remarca e você fica se perguntando: "WTF? O que eu fiz para ele perder o interesse?".

Em verdade, em verdade vos digo, gatas: três rapazes - eu considero um número alto para uma lame excuse (desculpa esfarrapada) dessas - disseram que era pura PREGUIÇA. O bancário, BP, 27 anos, explica: "Rola de marcar pra sair e depois dar pra trás; na verdade é bem comum. Ou a mina mora longe, ou prefiro ficar em casa. Preguiça mesmo! A mina pode ser muito gata, mas se estou em casa vendo tv, de preguiça, só saio se tiver certeza que vá rolar sexo. E olhe lá". Tem outros detalhes que contam também. O estudante de direito, AS, de 22 anos, é claro: "Beleza, simpatia e carisma. Deixo de sair se eu descobrir que me enganei quanto a essas características". O estudante CF, 26 anos, solteiro, alega que "isso aconteceu pouquíssimas vezes comigo. Mas quando o beneficio marginal (sexo) é menor que o custo marginal (em geral ter de ouvir a mina falar)". Ser muito disponível e pegajosa também é motivo para um perdido, segundo o estatístico FM, 24 anos. O professor de educação física, FB, 27 anos, solteiro, diz: "Acredito que a gente acaba criando algumas expectativas com a garota e quando a conhece melhor vê que não é aquilo que você imaginava, dai acaba caindo fora." O bancário AL, 32 anos, enrolado, diz que nesses casos a chance de o cara ter conseguido um "esquema melhor" é bastante alta. Ele também alega que dá para perceber se os dois são compatíveis já na hora de escolher o local para saírem: "Acho que porque na balada parecia de um jeito e depois fora da balada parecia de outro. Depois de uma conversa melhor, não parecia tão bacana quanto prometia ser. Às vezes você percebe se é na hora que decidem pra onde vão". O músico RF, 26 anos, solteiro, admite que às vezes nem motivo tem: "Já fiz isso... do nada perdi a vontade de ficar com a pessoa, simplesmente perdi o interesse". O coordenador pedagógico MC, 27 anos, solteiro, lembra de algo interessante: "Quando realmente a mina é legal, não tem esforço, é bom sair; mas caso o objetivo seja apenas vontade de sexo, dá preguiça de sair e ficar naquele jogo todo de fingir que não é só isso que quero e elas fingirem que não sabem. Porque na verdade sabem".

Quanto a isso, quis questionar se os meninos demonstram diferença no comportamento quando querem só sexo ou quando a garota pode ser para valer. Muitos disseram que o comportamento muda muito: os assuntos são superficiais. Um cara que só quer te levar para a cama, não quer saber da sua vida. Já outros, dizem se comportar exatamente da mesma maneira: "Em ambos os casos faço a mina se sentir especial. Porque se eu falar que só quero transar, 99% das mulheres saem fora", admite o bancário BP, de 27 anos.

Meninas, acalmem-se! O mundo ainda tem salvação! Alguns meninos aqueceram meu coração com suas respostas. O empresário DV, 27 anos, é categórico: "Eu só chamo pra sair se realmente quiser sair com ela. Se acontecer de eu ter que desmarcar, vai ser por um motivo importante. Não sou de inventar desculpas. Se eu quero, eu quero, se não quero, eu nem ligo. Se acontecer de desmarcar, eu remarco". O personal trainer GA, 32 anos, namorando, diz: "Só se rolar o desânimo da minha parte, mas considero muito a outra pessoa; se chamei, saio". O estudante GM, 23 anos, solteiro, procura sempre o caminho da honestidade: "Não invento desculpas, mas as vezes existem acasos, coisas inesperadas. Se eu peguei o telefone dela, quero vê-la novamente. Se acontecer um imprevisto, eu remarco". O empresário e tradutor, SD, 28 anos, questiona: "Muitas vezes, eu ouço 'não'. Daí nem corro atrás: não é não e fim de papo. Eu nunca desisto de um saída. Se não, qual é o sentido de pegar o telefone da mina?" - pois é, SD! Também nos fazemos a mesma pergunta!!

3 - A terceira pergunta é sobre um passo adiante: O que te faz chamar uma garota para sair mais de uma vez? Chamá-la para sair mais de uma vez significa que ela tenha algo especial?


Em geral, percebemos que tem apenas dois casos em que um homem chama uma mulher para sair mais de uma vez: ou ela chamou a atenção dele ou ele está querendo sexo. O bancário BP, 27 anos, tem regras bem específicas "Mais de uma, só porque quero transar. Agora se eu sair umas três e não rolar, só continuo se tiver algo especial". O músico TJ, 31 anos, diz que dá para perceber que caso é que caso: "Transa boa é motivo para eu chamar mais de uma vez para sair. O segredo é a mina não transar de cara e segurar a onda. Dá pra notar se é só sexo porque se for mais pelo sexo, os assuntos são meio vazios. A procura vem só quando dá vontade". O coordenador pedagógico MC explica: "Ou algo especial ou ainda é sexo. Isso vai permear todas as vezes que chamo alguém para sair. Mas mais de uma vez pra mim é provavelmente se ela for legal, bom papo, interessante. Todas as coisas já ditas antes. Já saí com minas lindas uma vez e não peguei só pelo fato da conversa e a saída não ter sido legal. Aí não vale a pena investir só por sexo. Só sexo uma ou duas vezes geralmente são suficientes". Legal saber que não vale a pena investir só por sexo, que outras qualidades também contam mesma se a menina for super gata!

O tradutor SD, 28 anos, coloca um ponto interessante: "Sim! Com certeza ela tem algo especial! Principalmente se ela for inteligente e boa de papo! O lance é: fazer o tempo passar sem ver! Esse tipo de pessoa você tem que estar ao lado; quanto mais, melhor" - Concordo plenamente! Essa é a definição perfeita de um belo encontro: o tempo passa e você nem vê!

O empresário DV, 27 anos, comenta: "Com certeza. Tanto na parte da personalidade quanto na parte do desejo. Chamo uma mulher pra sair mais de uma vez quando estou interessado nela e quando vejo que ela também tem interesse em mim. Se o interesse é só no sexo, só vai durar até o momento que o desejo existir. Mas se for um interesse maior, além apenas do desejo, aí sim se torna uma pessoa mais especial".

O professor de educação física GA, 32 anos, conta um ponto divergente da maioria dos homens: "Ela não precisa ser top da balada, mas envolvente. Se eu chamei mais de uma vez, com certeza quero algo a mais. Eu não gosto de ficar com alguém e já ir para a cama. Gosto de me valorizar mesmo. Sexo é consequência. Então prefiro ficar na manha, conhecer, aí sim investir". Achei muito interessante essa idéia de que o homem também tem que se valorizar evitando sexo de cara. Somos vítimas do machismo que prega que mulher que dá no primeiro encontro é vadia, mas se a regra valer para os dois lados, fica mais fácil de assimilar - apesar de não concordar com a tal "regra". Nessa mesma linha de raciocínio, o bancário AL, solteiro, diz como costuma se comportar: "Não significa que ela seja especial, mas que ela tem algo em potencial. E nisso, inclui-se sexo também. Mas pra mim não é regra. Só que no meu caso, sexo é bem mais embaixo... Não que eu nunca tenha feito sexo casual, mas nas duas vezes que fiz, não me amarrei. Não tento nada até eu conhecer um pouco melhor. Ao menos saber se ela é do tipo que "dá fácil" entende?". Para ele, a mulher que transa no primeiro ou segundo encontro, já o perdeu: "Não me amarro, não. Porque eu fico com o pensamento que se ela dá fácil pra mim, ela tá dando pra todo mundo... e isso me assusta... Comigo sexo tem que ter envolvimento. Tem que ser conquistado o direito. Pros dois lados". Tirem suas próprias conclusões!

Espero que tenham gostado das entrevistas! Semana que vem volto com mais respostas sobre o Universo Masculino!
Divirtam-se e deixem seus comentários! ;)