segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A tecnologia ao seu favor. Será?

O avanço da tecnologia não pára de nos surpreender! Todo dia um sujeito inventa um trem novo para facilitar nossa vida e nos tornar cada dia mais dependentes e viciados em novidades tecnológicas. A onda de aplicativos para celular não pára! Tem aplicativo para tudo: checar blitz no trânsito, GPS, falar de graça no telefone, editar fotos, procurar pessoas solteiras que morem perto de você, etc.

A última invenção do mundo dos aplicativos é um negócio muito louco com um nome deveras simples: LULU. O nome é a versão brasileira de um aplicativo inventando nos EUA e deriva da famosa expressão "clube da Luluzinha", já que o aplicativo só pode ser acessado por mulheres.
O aplicativo serve para fazer uma avaliação sexual dos homens. Ele acessa seus contatos do Facebook e você pode avaliar e ver as avaliações feitas por outras pessoas de um determinado rapaz. Tudo no anonimato. Ou seja, se você quiser queimar o filme daquele gato que te fez sofrer, tá lá uma ótima oportunidade. Se também quiser dar uma forcinha a um amigo ou elogiar um rapaz que mereça, aí está sua ferramenta. O aplicativo tem hashtags prontas (você não pode criar hashtags) que você pode escolher para avaliar os carinhas e também notas numéricas para quesitos como "primeiro beijo", "aparência" e "sexo".

Uma coisa que achei muito mal pensada em relação ao aplicativo é que uma mesma pessoa pode avaliar um rapaz quantas vezes quiser. Ou seja, se o cara tiver lá uma nota média de 9,9 com 23 avaliações, nunca saberemos se ele foi avaliado 23x pela mesma mulher ou por várias mulheres diferentes. Ou ainda, claro, se ele mesmo não pegou o celular da mãe ou da irmã e fez uma auto-avaliação favorável. Ele também é muito lento e trava toda hora.

Dá para dar bastante risada lendo as avaliações e até checar como anda a moral de seu ex ou futuro, mas vamos admitir, esse negócio é super sexista. É uma avaliação não muito subjetiva, pois não podemos escrever nada da nossa própria cabeça; além disso, nas mãos da pessoa errada, pode ser uma arma. Resumindo, isso é jogo baixo. É óbvio que nenhuma mulher - sã - que leia essas coisas vai deixar de ficar com algum cara por causa das coisas que leu, mas isso pode acabar com a reputação de alguém de forma muito injusta.

E é claro que os homens JAMAIS deixariam isso sem troco: ontem mesmo li sobre um aplicativo chamado PePeKa, que é a versão masculina do Lulu. Ou seja, você que fica aí detonando seus ex no Lulu não vai poder reclamar se alguém resolver abrir a boca sobre seu comportamento sexual. É óbvio que a sutileza nunca fez parte do mundo masculino e as hashtags são muito mais pesadas do que as do Lulu. Afinal de contas, nenhum homem vai avaliar mulher (por mais que devesse!) como #fofa #anoraqueamamaepediuaDeus #divertida #pracasar. Sabe quais hashtags encontrei na reportagem sobre o aplicativo? Tipo #mamamuito #ateaultimagota e por ai vai descendo o nível... Felizmente, não achei o aplicativo para download, foi só uma especulação. Mas é óbvio que mais cedo ou mais tarde o download acaba aparecendo.

É evidente que isso não vai prestar. Sooner than later, alguém vai fazer uma revolução denunciando a barbaridade que são esses aplicativos, vai rolar a maior polêmica na Internet e os aplicativos serão muito provavelmente desativados.

Até lá, não paro de me chocar com a mente humana, que é capaz de elaborar os meios mais sórdidos de avaliar um ser humano, ou enfim, os meios mais sórdidos para ganhar dinheiro.

Oras, quem anda se comportando mal por aí que se ligue. É hora de prova final na faculdade da pegação. Que droga!!!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O amor não tem idade

Eu sei que o Walcyr Carrasco está tratando do amor na 3ª idade na novela "Amor à vida" - aliás, a pior novela que ele já fez na vida, diga-se de passagem! -, mas não é por isso que resolvi escrever um post sobre o assunto.

Eu estou morando com a minha avó agora e tudo isso começa a ficar mais surpreendente visto de perto.

Eu sempre soube que minha avó era do balacobaco, que sempre gostou do babado e que desde que meu avô morreu, já teve vários namorados.
Observar o comportamento sexual dela é além de uma diversão, uma surpresa grande.

Oras, não sejamos hipócritas: a gente acha que nossa vida amorosa tem data de validade. Se a gente não gosta de imaginar nossos pais como seres sexualmente ativos, que dirá nossos avós! Na nossa cabeça é inconcebível. A própria reação do Félix sobre o namorico da avó na novela é a nossa reação quando sabemos de algum idoso que teve algum tipo de comportamento sexual.

Sempre que eu comento sobre o fogo na saia da minha avó mesmo aos 86 anos, as pessoas se chocam. Ninguém disfarça! É um tal de "gente do céu!", "como assim?", "que absurdo!", "haauauauaaahahauauauahe oO" e por aí vai... Nem vou dizer que quando eu ficava sabendo das histórias eu achava normal, porque seria hipocrisia da minha parte.

Eis que estive levando minha avó a sessões de acupuntura e o médico tinha por volta de seus 35-40 anos, casado, alto, gordo e super carinhoso com as pacientes. Até aí, tudo bem. Tudo bem se minha avó não tivesse começado a delirar sobre a possibilidade do médico estar interessado nela.

Ela dizia que ele beijava ela na testa bem demorado, que abraçava com força e que sempre dizia palavras de carinho e começou a fantasiar sobre um romance com o médico. Passou a se emperiquitar toda para ir ao médico: pintava as unhas, o cabelo, usava vestido novo, perfume, brincos. Uma vez o médico perguntou meu nome e disse a ela que queria falar comigo e ela surtou. Ficou com ciúmes, querendo saber o que o médico queria comigo. Eu disse que ele só queria saber se ela estava bem, mas quem disse que ela acreditou?! Até hoje ela me questiona sobre isso.

Na última sessão, o médico se despediu dela com um beijo e disse "se cuida". Sabe o que ela disse para minha mãe?

- O que será que ele quis dizer com esse 'se cuida'? Será que ele quis dizer para eu me cuidar porque ele vai largar da mulher por minha causa?
- Não, mãe. Nada a ver. Ele só disse para senhora tomar conta da sua saúde mesmo.
- Mas ele me beijou.
- Ele te beijou na boca?
- Não.
- Então não é nada, mãe...
- Ah não, não sei porque ele me tratou assim, agora não consigo "tirar ele" da cabeça!

Minha mãe me contou tudo com humor, mas ao mesmo tempo com uma certa compaixão. É difícil lidar com as ilusões que nossa cabeça de adulto ou de adolescente cria, imagina já idoso? Como explicar que foi uma confusão da cabeça dela sem magoá-la?

Para mim é impressionante que mesmo com a idade tão avançada minha avó ainda tenha tanto vigor e almeje uma vida sexual. Impressionantemente bom, pois apesar das confusões que isso possa causar eventualmente, é super legal saber que a gente só para de viver quando quer. Que estar velho é mais um estado mental do que físico. Que a nossa longevidade vai até onde a gente tiver a coragem de deixar a vida fluir! Então que a partir de agora não demos risada dos sentimentos nos idosos, mas fiquemos aliviados com a possibilidade de chegar nessa idade com a mesma vontade de amar e ser amado! Ahhhh, o amor!!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O poder do dinheiro

Esses dias entrei numa discussão super comum com minhas amigas; porém, o que me surpreendeu foi o desfecho.

Estávamos lá discutindo sobre "rachar ou não rachar a conta com o bofe". Eu sou do tipo meio chata-radical-feminista (às vezes até fazendo uso errado dessa última palavra). Não gosto que paguem nada para mim.

Sério? Você pode perguntar. Sério, eu respondo. Pode ser loucura da minha cabeça, mas sou meio independente desde pequena. Comecei a trabalhar cedo e há anos e anos não peço um centavo para meus pais (no máximo emprestado. E devo o banco, mas não devo meus pais, faço questão de pagar cada centavo). Quando um homem quer pagar algo para mim (embora isso esteja se tornando cada dia mais raro), eu me sinto à mercê dele, entende? É como se ele tivesse algum controle sobre mim, algum tipo de poder. Como se por estar pagando algo para mim, eu tivesse que necessariamente retribuir de alguma forma. Uma espécie de obrigação implícita. Se eu pagar minha parte, não sinto remorso nenhum de não bejar o cara no fim da noite ou não ter um second date com ele. Posso estar viajando, e muitos dizem que estou, mas eu prefiro me proteger. Eu me sinto MAL, de fato, quando um homem paga alguma coisa para mim.

Já minhas amigas (as que estavam na discussão comigo) adoram quando o homem se oferecem para pagar. Elas dizem que sempre fazem a dancinha da carteira: pegam a carteira como quem diz, "eu posso rachar, mas..." e esperam o bofe mandar um "não precisa, é por minha conta, eu faço questão".

Separemos as coisas: muitos homens tem mania de ficar dizendo por aí que mulher gosta mesmo é de dinheiro. Se esse é o único tipo de mulher que você anda atraindo, interesseira, talvez seja melhor rever suas conceitos, atitudes e as mulheres com as quais você anda se envolvendo. Quem fica por aí ostentando, atrai esse tipinho de gente mesmo. Porém, estamos aqui falando de pessoas normais, pessoas de bem. Afinal, gostar de dinheiro não tem absolutamente nada a ver com gênero: dinheiro é unanimidade, todo mundo gosta.

Então voltando ao tópico, minhas amigas disseram não ter problema nenhum quanto ao cara pagar o restaurante, o motel, o cinema, whatever, e que o que as deixa ainda mais à vontade é que eles, in fact, GOSTAM de pagar.

É o que?

Elas disseram que o homem se sente orgulhoso, poderoso, macho-alfa e no controle da situação, quando pagam. Eles têm prazer em "prover para a fêmea". Citaram vários homens (namorados, irmãos, amigos) que alegaram isso. Que os homens gostam do ritual: dancinha da carteira + pagar a conta.

Fiquei meio reflexiva e por que não dizer, um tanto surpresa, com a tal revelação. Afinal de contas, minhas reação não é tão absurda assim. Eu sempre detestei que homem pagasse para mim porque sentia uma sensação de poder vinda daquele gesto masculino, e agora que minhas amigas falaram isso, foi como a cereja no topo da minha tese. I was right. I AM right.

O dinheiro é sinal de poder na sociedade, nas relações, em tudo. Difícil fugir disso, mas enquanto eu tiver dinheiro para pagar minha própria cerveja, nadarei contra a maré. Se o cara tiver dinheiro para pagar a parte dele para mim tá maravilhoso! Me chamem de louca ou do que quiser, o fato é: eu gosto de dinheiro. Mas do meu, não do dos outros.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Os signos e o pé na bunda

Eu não acredito exatamente em signos, mas sou curiosa e acho engraçado ler o que os astrólogos escrevem.
Achei um post que cabe muito bem em nosso blog, e, como sei que a maioria das mulheres é ao menos curiosa por signos, aí vai:

ÁRIES: Pode ser que o ariano quebre uns pratos e soque o travesseiro para extravasar, mas isso deve durar um dia ou dois, no máximo. Ariano não tem tempo a perder e não suporta sentir piedade de si mesmo. Se você deu um pé na bunda de um ariano esperando que ele ficasse 50 dias e 50 noites ouvindo “Love Hurts” e chorando por sua causa, sinto te decepcionar, mas não vai acontecer. Ele deve estar em outra.

TOURO: Se você terminar com um taurino, ele não vai atrás de você. Taurino é teimoso e todas as decisões que ele toma – muito lentamente, aliás – são definitivas. Ele vai se enrolar num cobertor, sentar no sofá para ver filme fossa na TV com um pote de sorvete na mão (qualquer semelhança com “O Diário de Bridget Jones” é mera coincidência), vai chorar e sofrer, mas não vai te ligar pedindo pra voltar. Taurino perde o (a) namorado (a), mas não abre mão do direito de ser teimoso e cabeça dura.

GÊMEOS: Ele vai tentar discutir a relação – racionalmente, é claro. Se você está achando que a tentativa de discutir a relação é um ato de amor, não seja ingênuo, ele só quer falar e nós sabemos disso. Ao fim do longo debate, se você decide que quer mesmo terminar, prepare-se para cair na boca do povo. O geminiano precisa comentar sobre todas as coisas e , ainda que não queira fazer fofoca, pode ser que deixe escapar no calor do papo que o seu desempenho sexual não era tão satisfatório.

CÂNCER: Se você namorou um canceriano, deveria saber que era pra sempre. Não se termina com canceriano! O pessoal de Câncer é apegado, sensível e não gosta de largar o osso. Terminar com eles pode ser traumático. Quando você diz que quer terminar ele já está recorrendo à memória para chantageá-lo. Sim, ele vai te pedir para lembrar-se do dia em que vocês escreveram “T coraçãozinho M” na árvore do Ibira. Se ele for do tipo rancoroso, o túnel do tempo será para te lembrar do quanto você foi cretino (a) quando disse que ele era grudento e como aquilo magoou o coraçãozinho dele.

LEÃO: Você não termina com um leonino, ele é que termina com você – ou pelo menos é isso que ele dirá aos amigos. Durante o término, é provável que ele mande o texto “eu pensava em terminar com você há meses, mas tive pena”. Leoninos passam por uma fase de negação do sofrimento. Quando levam um pé na bunda, ficam meses dizendo para eles mesmos que o ex não era bom o suficiente. Eles precisam se auto afirmar! Depois que essa fase passa, eles arranjam um novo parceiro – mais bonito, rico e inteligente que você – e fazem uma visita para exibi-lo.

VIRGEM: Quando você termina com um virginiano, não nota nenhuma reação imediata. Isso acontece porque ele está analisando o relacionamento cuidadosamente, como num jogo de sete erros. Ele quer saber onde tudo começou a dar errado e provavelmente vai se culpar por não ter sido perfeito o bastante. É provável que ele não se dê conta que você terminou porque ele dobrava a roupa antes do sexo e criticava tudo o que você fazia. A hipocondria de Virgem fica mais intensa depois de um pé na bunda e ele vai se encher de remédios para curar a dor no coração (no joelho, nas costas, na cabeça…). A dor passa quando ele encontra mais uma nova vítima para analisar, afinal, a terapia de Virgem chama-se “crítica construtiva”.

LIBRA: Quando um libriano percebe que você vai terminar, faz de tudo para que não seja um final cheio de brigas e rancor. Ele aceita tudo o que você diz e ainda propõe amizade. Você fica achando que ele é santo ou extremamente passivo, mas a realidade é que o libriano não dá ponto sem nó. Ele não vai se indispor, porque gosta de colecionar opções para um casinho. Libriano não vive sem par! Você terminou com ele, mas não será riscado da lista de opções com tanta facilidade – a não ser que tenha feito algo detestável. E digo mais, é provável que ele tenha mantido “paquerinhas” enquanto vocês namoravam, para o caso de rolar o pé na bunda. Ou seja, ele não ficará sozinho.

ESCORPIÃO: Termine e mude de endereço rapidamente, porque os escorpianos amam intensamente, mas odeiam na mesma proporção. Ele não vai fazer alarde, porque é introspectivo, mas vai maquinar 150 mil planos de vingança para fazer com que você pague por tudo aquilo que o fez sentir quando foi chutado. Esse é o tipo de namorado (a) com quem você não fará “momô” casual no futuro, nem adianta sentir saudades. Escorpianos demoram a largar o osso, mas quando largam, é definitivo. Quanto a um novo relacionamento, pode ser que demore um pouco, afinal, a última experiência foi de “quase morte”.

SAGITÁRIO: Você não precisa terminar com um sagitariano, a não ser que ele seja REALMENTE insuportável ou que você seja muito conservador. É mais fácil propor um relacionamento aberto. Sagitário gosta de liberdade e pluralidade nos relacionamentos, portanto, não vai se incomodar. Se a filosofia libertária não funciona para você, saiba que sagitarianos não guardam rancor, então é melhor você não guardar também. Se você andar na rua e o sagitariano estiver do outro lado, gritará seu nome, sairá correndo para um abraço de urso e dirá “ poxa, continua gostosa (o), hein?!” – tudo isso com o (a) namorado (a) gringo (a) do lado.

CAPRICÓRNIO: Terminar com capricornianos é como fechar uma empresa e eles não esboçam reação, porque é pagar mico. Já que é pra terminar, que seja dignamente, sem dramas e chororô. Como o capricorniano se preocupa em construir algo sólido para o futuro, é provável que comece a olhar para os lados em busca do par mais promissor assim que você virar as coisas. E não, isso não é frieza, é pura praticidade. Pra que chorar o leite derramado, não é?! Futuramente, você pode se arrepender de ter terminado com o capricorniano. Ele pode ser rico, presidente, capa da revista Forbes ou as três coisas ao mesmo tempo!

AQUÁRIO: Quando você termina com um aquariano, ele contesta um pouquinho pra bancar o rebelde – diz que não quer terminar, questiona a sua decisão, etc. A verdade é que ele é amante da liberdade e não sentirá tanta falta, mas o que seria do aquariano sem um bom debate, não é?! Aqui há grandes chances de rolar uma amizade colorida – e até um “grupalzinho”, considerando a fama de modernidades deles. O conceito de PA (entendedores entenderão), certamente foi inventado por um aquariano!

PEIXES: Terminar com um pisciano e terminar com a Maria do Bairro é praticamente a mesma coisa. Eles são extremamente sensíveis e tendem a ampliar os acontecimentos, ou seja, o que era pra ser um “foi bom enquanto durou, boa sorte”, vira um “o que será de mim sem você, Romeu?”. Depois do pé na bunda, o peixinho pode se afogar na cachaça e compor músicas de corno. É impressionante como o sofrimento deles é criativo! Como são mutáveis, a dor é profunda, mas eles amarão profundamente um outro alguém em breve.

FONTE: astrologiadadepressao.com

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Amigo do ex - território proibido?

É aquele negócio, né: pimenta nos olhos dos outros é refresco. Quando nosso ex quer ficar com uma amiga nossa, a gente acha um absurdo. Mas vive lembrando daquele amigo gatinho do seu ex que, na época do namoro, você pensava: "poxa, se não tivesse namorando, eu super pegaria você".

É claro que existem níveis e níveis de "amizade". Eu jamais ficaria com o melhor amigo do meu ex. Há de se ter limites para respeitar. Mas e se não for assim um grande amigo, mas um colega do colégio, do futebol, um cara que é da galera, mas nada demais? E seu ex já está namorando outra, todo feliz e sorridente?! VALE?!

Olha, eu tô dizendo isso porque é possível que 95% das pessoas já tenham passado por isso. Todo mundo tem um ex que tem um ou outro amigo gatinho que você pegaria, mas que fica pisando em ovos por medo de dar merda.

Você encontra com ele nas festas, rola aquele contato físico maior do que necessário - que você provavelmente não teria e não permitira se ainda tivesse namorando. Aquela mãozinha dele na sua cintura - e vice-versa - aquele abraço mais apertado, aquele sorriso mais prolongado... E você pensa: será? Estou viajando sozinha?

Você acha que ele ficou boa parte da noite te olhando - e corresponde aos olhares -, mas se censura o tempo todo, pensando: "não, nada a ver, ele é amigo do meu ex, jamais iria me dar bola". Daí sua amiga vira e diz: ele tá super te olhando!
VocÊ até tenta mentir para si mesma e diz: "não, acho que ele tá olhando é para você". Ai ela: "Naooo, eu sei quando um homem tá olhando para mim! Era para você mesmo!"

Você então começa a quase se convencer de que ele está te dando um mole. Nada grosseiro, bem sutil. No maior estilo: "não sou legal, tô te dando mole". Mas ele NUNCA chega em você. Aí que você começa a duvidar mesmo de que essa atração seja recíproca.

Vamos desenvolver as teorias:

1) Você está viajando. Ele não está te olhando e nem está te dando mole. Fica na sua.
2) Ele se sente atraído, mas jamais ficaria com você porque você é ex do brother dele.
3) Ele te quer, mas tem medo de chegar em você porque acha que vai levar um toco porque você é ex do brother dele.
4) Ele é homem-pamonha. Não chega em ninguém, fica mandando os sinais, mas não chega, emputecendo as mulheres.
5) Ele tem um tique nervoso nos olhos e tende a olhar sempre na sua direção quando te encontra, mas é sem querer.
6) Ele é gay e só está te olhando porque adorou seu modelito.

Enquanto a gente fica por aí se esbarrando com amigos gatinhos de nossos ex-namorados e mantendo essa guerra-fria, nunca saberemos o verdadeiro motivo dessa guerra não esquentar mais. Alguém tem um palpite?

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Homens são de Marte, mulheres são de Vênus

Tudo o que esse blog mais faz é falar das diferenças entre homens e mulheres, obviamente. Mas essa semana fiquei intrigada e comecei a refletir sobre alguns acontecimentos que deixam muito claro essa enorme diferença e principalmente aguçam minha vontade de continuar a analisar o comportamento de ambas as partes.

Dessa vez, o que está me impressionando é: o que é importante para um homem e o que importante para uma mulher.

Estou vendo uma amiga à beira de um ataque de nervos porque o namorado acha supérfluo coisas que ela acha super importantes, como por exemplo, o fato de ele ter preguiça de buscá-la e/ou deixá-la em casa, ou o fato de ele não gostar de frequentar as festas de sua família, entre outros.

E o mais doido disso é que podemos observar essas diferenças diariamente.

Você, homem, se visse as amigas da sua namorada dando um selinho nela em uma festa de reveillón, com todo mundo bêbado e feliz, consideraria traição? Para nós mulheres, isso não passa de uma brincadeira inocente para selar o carinho que temos uma pela outra. Porém, para nosso espanto, quando fizemos isso na virada de 2011 para 2012, o namorado de uma das nossas amigas ficou super ofendido, chorou, gritou e deu início a uma briga homérica por causa do acontecimento.

No momento todas nós começamos a dizer que o cara era louco e sem-noção, mas fazendo uma enquete com alguns homens, percebi que o comportamento dele não foi tão estranhado assim, não. A reação dele aparentemente foi estranha apenas para nós mulheres, mas encontrei muita solidariedade masculina.

Igualmente, uma amiga minha ganhou um vale-night e foi para uma balada onde o cantor geralmente convida alguém para subir no palco e dançar. Ela foi lá, dançou, brincou, deu risada. Só que alguém filmou e o video chegou no namorado dela. Para ela, não tinha nenhum problema ele ver o vídeo. Ela não fez nada demais do ponto de vista feminino (em geral). É claro, sabemos que é uma exposição e que outros homens ficam olhando, mas não consideramos algo digno de uma briga, exatamente. Mas para ele, foi péssimo ver aquilo. Ele ficou mal, chateado. E fiquei pensando: se ele tivesse num show da Gaiola das Popozudas e subisse no palco, ela ia só dar risada, tirar foto, aplaudir e pronto. O que para ela era super inocente, apenas uma brincadeira, para ele foi uma ofensa.

Esses dias estava conversando com um professor da minha academia, que acabou de se separar. Ele estava me contando que foi inesperado e que ainda estava tentando lidar bem com tudo o que tinha acontecido, mas que aos poucos estava levantando a cabeça para seguir em frente. Quando eu estava o achando a pessoa mais madura do mundo, de repente ele solta:

- Mas também agora ela vai o partido que perdeu. Vou hoje mesmo comprar um carrão zero, vou malhar que nem um louco para ficar forte e vou mandar mil conto todo dia para a pensão da minha filha! Quero ver ela se arrepender de ter perdido um partido como eu.

Fiquei olhando e pensando: sério?! Sério que ele acha que isso vai fazer a mulher se re-apaixonar por ele e querer voltar correndo? Ainda mais no caso dele, 15 anos de casado, se a mulher pediu o divórcio é porque realmente não quer mais nada.

Cada dia fica mais claro na minha cabeça porque temos tanta dificuldade de acertar o passo em nossos relacionamentos. Somos tão diferentes! O desafio é uma delícia, obviamente, mas que dá um trabalho danado, ah, isso dá!

Será que um dia a gente começa a se entender?!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

O preço de um "não"

Lembra de um vídeo que ficou super famoso - inclusive foi postado aqui no blog - de um cara que quebrou o braço da menina em 3 lugares diferentes quando levou um toco na balada?

Pois é, estava conversando com umas amigas essa semana e percebi que a violência contra mulheres na balada é mais comum do que eu imaginava! Só entrar no assunto e cada uma foi tirando da manga uma história bizarra para contar.

Uma amiga minha foi para um show de axé (lugar cheio de homens bêbados, sem camisa e sem-noção) e foi abordada por um rapaz. Na época devia ter seus 16 anos, mas já era alta, daquelas que impõem respeito, sabe? Mas os caras parecem não se intimidar! Quando o tal ouviu um "não" depois de ter pedido um beijo, sabe qual foi a reação do maluco? Dar um tapa na cara dela. Atenção: ELE DEU UM TAPA NA CARA DELA!!! O que ela fez? Nada! Ficou tão sem reação, tão sem acreditar que aquilo estava acontecendo, que ficou ali parada, boquiaberta, enquanto assistia ao sujeito virando as costas e indo embora.

Uma outra amiga disse que, na última Festa da Fantasia de Goiânia, levou um empurrão de um cara que levou um toco dela. O cara simplesmente se emputeceu, a empurrou com força e saiu.

Isso me fez lembrar de uma noite em que eu e Loira fomos no Poizé da Asa Norte (um bar/boate aqui de Brasília) e um brutamontes imenso quis ficar com ela. Ela disse não e nos retiramos. Ao passarmos novamente pelo sujeito, ele simplesmente agarrou-a à força, por trás, sem dar chance de ela se defender. Como ela era muito magrinha e ele todo bombado forte, ela não conseguia se desvencilhar das garras do bandido. Eu tive que pular nas costas dele e esmurrá-lo até que ele soltasse a garota, porque também todo mundo ficou olhando sem ter coragem de ajudar.

Essas são histórias mais extremas, claro. Não estamos contando agressões verbais, nem os milhões de casos em que os caras passam a mão na nossa bunda, puxam nosso cabelo, seguram nossos braços com força, tentam forçar a situação.

E o pior é ainda ter que ouvir de homem babaca e machista que "tem mulher que provoca! Sai de casa quase pelada e ainda quer que a gente respeite". Vai pro inferno com esse argumento boçal! Uma mulher gostar de vestir roupa curta não te dá o direito de querer abusar dela sem seu consentimento! Ela pode passar uma vibe mais sensual, sexual até, mas que só deve ser aproveitada se ela quiser e permitir. Não existe desculpa nenhuma para destratar ninguém e nem forçar pessoas a fazer algo que elas não queiram.

Acho muito triste que em pleno século XXI, onde as mulheres já passaram por poucas e boas e provaram que tem tanta capacidade quanto os homens, sermos submetidas a humilhações desse tipo quando sairmos para nos divertir.

Aindo espero ansiosamente pelo dia em que certos homens perceberão que não somos pedaços de carne! Já passou da hora!

terça-feira, 30 de abril de 2013

Maria de verdade

O Brasil é o país das Marias! Tem Maria de tudo quanto é jeito, idade, estilo, atitude! Acredita que todas as filhas da minha avó são Maria? Rosa Maria, Maria Madalena, Maria Aparecida, Maria de Lourdes, e por aí vai...

Eu, porém, como grande observadora do comportamento sexual humano, venho analisando outro tipo de Maria.
O povo têm rebaixado o nome "Maria" a mulheres não muito humildes nem desapegadas de valores materiais, como nossas queridas "Maria-chuteira" e "Maria-gasolina".

A Maria-chuteira, aquela velha gatinha - geralmente loira - que adora um jogador de futebol cheio da grana. Acho uma injustiça isso, pois uma verdadeira Maria-chuteira não liga para grana, mas sim para um homem suado correndo atrás de uma bola e levantando o dedinho pro céu depois de fazer um gol. Eu acho que esse detalhe de elas só gostarem de jogador rico devia ser outra categoria de Maria, pois a verdadeira Maria-chuteira é a que tem um fraco por jogador de futebol e pronto, independente de ter dinheiro. Mas acho que não vai dar para salvar, vocês, gatas! Maria-Chuteira já foi totalmente associado ao dinheiro!

Maria-Gasolina então, não tem jeito! Sei lá, nunca vi Maria-Gasolina gostar de Fusca ou Chevette. Acho que no máximo um Golzinho, mas geralmente querem Golf turbinado, Punto amarelo ou Astra Sport (ih, acho que tô ficando velha, preciso me atualizar no mundo automobilístico!). Essas aí eu nem defendo, porque realmente, o cara é muito feio até aparecer com chave do carro pendurada na calça. Ou seja, o interesse é no carro e não no motorisa. Xô para essa raça!

Agora tem as Marias mais inofensivas. Eu e a Loira tínhamos apelidos Marianos exclusivos. Como sempre adorei gaúcho e ela se amarrava num cabra da peste, eu a chamava de Maria Peixeira e ela me chamava de Maria Bombacha. A verdade é que toda mulher é Maria-alguma-coisa.

Sou professora e o que tem de Maria-professor não está no gibi (se bem que nesse ramo tá cheio de João-professora também). Não pode ver um homem inteligente ensinando alguma coisa que já fica toda maluca querendo saber se o professor tem namorada. Sei lá, é um fetiche estranho. A maioria esmagadora dos professores são quebrados, andam de ônibus ou com carro velho e moram com a mãe. Então, essas daí não dá nem para julgar de interesseira. Realmente a inteligência é um afrodisíaco!

Parecida com essa supracitada (ai ai ai ui ui ui!), tem também a Maria-Personal. É aquela que não pode ver um personal trainer (ou qualquer professor de academia) que já fica subindo pelas paredes. Os personais também são professores, então também se encaixam na categoria financeira já mencionada, mas pelo menos eles são super simpáticos, solícitos e more often than not tem corpinhos esculpidos por anjos (mas nem sempre isso é pré-requisito)! É só ver um deles suar, te ensinar a usar um aparelho na academia ou dizer "você precisa ganhar mais massa magra" para a mulherada ir à loucura.

Tem uma bem famosa também que é a Maria-Banda (no forró inventaram uma tal de "Apara-Cuspe"), que são aquelas minas que ficam tietando os músicos de uma banda - não necessariamente famosa - lá na frente, sonhando e suspirando, querendo ser o baixo, a guitarra, o microfone, as baquetas ou até mesmo o atabaque de um deles, ganhando ingressos grátis para apresentações, quiçá sonhando em ser a próxima capa da revista Quem.

Enfim, todo mundo tem seu fetiche! Homens, mulheres, gays! Acho super saudável e válido (tirando a Maria-Gasolina, acho palha) e vocês que enchem o saco, julgando, achando que você não é Maria-alguma-coisa, acho melhor começar a observar seu próprio comportamento. Quem sabe você não é Maria-proletariado, Maria-dentista- Maria-nerd, Maria-flamenguista, Maria-Lucas (eu sou demais!!), Maria-rockeiro, Maria-emo, Maria-skatista, Maria-fracassado, Maria-filho-de-vó... no fim, somos todos Marias de verdade!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Uma vida de escolhas

Acredito que ao menos 99% dos seres humanos odeiam ter que fazer escolhas. O problema é que fazer escolhas é mais rotineiro do que fazer xixi. Estamos o tempo todo tendo que fazer pequenas escolhas diárias e muitas vezes grandes escolhas que podem mudar nossa vida. Afinal, por que fazer escolhas é tão difícil e detestável?

Oras, já diria nosso saudoso Chorão, "cada escolha é uma renúncia" e é bem aí que o sapato aperta. Nós simplesmente morremos de medo de fazer a escolha errada. Tomar decisões normalmente nos tira da zona de conforto, e o lado covarde do ser humano é altamente ativado diante de certas situações. Algumas delas: experimentar um novo prato no seu restaurante preferido (para que diabos você pega o cardápio e fica olhando 20min se sabe que sempre escolhe a mesma coisa?!), mudar de emprego (você odeia seu chefe, seus colegas, seu trabalho, mas morre de medo do desemprego eterno ou de não arranjar coisa melhor), cortar o cabelo (está há anos com o mesmo corte, mas vai que você tenta algo novo e fica ruim?), terminar um relacionamento (você não está mais feliz, tem certeza que essa pessoa não é a tampa da sua panela, vê mais defeitos do que qualidades na pessoa, mas tem medo de ficar sozinha, ou de terminar e se arrepender ou de não arranjar ninguém melhor).

Sendo muito sincera, odeio fazer escolhas. Quero morrer quando alguém diz: "escolhe aí!". Mas eu faço! Não vim nesse mundo a passeio e não estou aqui para ser infeliz. Se algo não está me fazendo feliz, EU VOU CAIR FORA! Já saí de uns três empregos porque comecei a me sentir super estressada e não conseguia mais produzir. Medo do desemprego? Claro! Mas o medo só atrapalha quem não tem coragem para lutar pelo o que quer e acredita! Já mudei o cabelo várias vezes! Vira e mexe enjoo da minha própria cara e penso: time to shake things up! Daí lá vou eu cortar, pintar, repicar, franja... Medo de não ficar bom? Claro que tenho! Uma vez a mulher cortou minha franja há um palmo das minhas sobrancelhas. É um risco que se corre! Mas me recuso a viver a vida toda com a mesma aparência - se mudar seu cabelo é mudança demais para você, está na hora de rever seus conceitos, essa é a mudança MÍNIMA na vida de uma pessoa!

Terminar relacionamento é um SACO! Eu normalmente me encho de culpa, seja lá qual for o motivo, e quando decido terminar com alguém acabo chorando mais do que o próprio sujeito levando o pé na bunda. Mas desculpe, me recuso a ser infeliz. Me recuso a me acomodar com qualquer sentimento morno que o universo queira me oferecer. Me recuso a me acovardar por trás de milhões de desculpas esfarrapadas. Mesmo que não tenha certeza se terminar é a melhor solução, eu faço. Sabe por quê? Porque se eu não estou feliz nesse relacionamento, é porque algo precisa ser mudado. Se eu já tentei mudar as coisas dentro do relacionamento e não deu certo, parto para outra. E se um relacionamento é feito de duas pessoas e só uma está tentando salvar, é porque já acabou há muito tempo! Se você termina um relacionamento, você passa a vê-lo de uma perspectiva diferente e acaba descobrindo o que tanto estava errado e você não conseguia enxergar. E se resolver tentar voltar com a pessoa e ela não te quiser mais, é porque ela não gosta mais de você. E daí, what's the point? Se ela não te quer mais, MOVE ON!

Tudo isso é para dizer que esses pequenos riscos são a graça da vida! Ficar em cima do muro a vida toda é uma verdadeira tortura psicológica! E se você quer se fazer feliz, arrisque! Experimente uma sabor de pizza diferente, um novo refrigerante, um novo estilo musical, corte e pinte o cabelo, assista um novo seriado, mude de emprego, dê uma virada em sua vida amorosa, recomece! Nem sempre estabilidade é sinal de felicidade. Muitas vezes estabilidade é sinal de comodismo. E sinceramente, comodismo para mim é pura preguiça de se fazer feliz! SAIA DA SUA ZONA DE CONFORTO!

What do you say to taking chances?!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Implicâncias namorísticas

O ser humano é uma coisa misteriosamente absurda mesmo, né?

Hoje parei para pensar em como a oficialização de um relacionamento muda tudo!

Quando a gente está ficando com uma pessoa, conhecendo, saindo pelas primeiras vezes, os amassos sem noção dentro do carro, o imenso esforço para sempre agradar e não mostrar o lado negro da sua força para o outro, tudo é de um jeito bem non-natural: a pessoa com a qual estamos saindo é praticamente perfeita, já repararam? Parece que somos incapazes de enxergar um defeitinho sequer, e, se enxergamos, até o categorizamos como "charme" do novo amor.

O namoro se oficiliza e com ele trocamos a grande vontade de agradar aquela pessoa pela vontade de estar cada vez mais íntimo do outro - o que é um processo natural, claro -, mas fico pensando em, como, quase sem querer, de repente o outro começa a ter milhões de defeitos! I mean, naqueles dias mais críticos até parece que ele tem mais defeitos do que qualidades. E é aí que vocÊ se pega questionando: "por que eu não percebi isso antes?"

De repente você começa a implicar com todo e qualquer defeitinho ou mania irritante do seu namorado (a), quase se achando muito superior a ele, como se vocÊ mesma não tivesse defeitos e manias chatas.

Oras, nós mulheres, quando ficamos muito tempo solteiras e começamos a namorar, sentimos como se aquilo fosse quase uma carta de alforria que nos liberta daquela vida que, por um tempo é irresistivelmente gostosa, mas depois se torna um fardo a ser carregado. Mas no segundo em que alguém decide nos levar a sério e nos aturar oficialmente, nós começamos a pôr defeitos demais. Será que só eu faço isso?

Eu juro, não me acho melhor que ninguém, mas me irrito comigo mesma quando de repente percebo que estou implicando demasiadamente com as manias do meu namorado. Existe uma linha muito tênue entre uma implicância razoável - do tipo: por que você não corta as unhas?? - e aquela implicância gratuita - do tipo: por que você tá contando quantos buraquinhos para cadarço tem no seu tênis?

É bem mais fácil falar do que pôr em prática a tal história do "você tem que me aceitar como eu sou"! Os nossos defeitos são coisas que nos atingem, mas também atingem os que convivem conosco, então eu acho que é assim como é dever do outro que nos ama nos aceitar, também temos o dever de tentar melhorar esses nossos defeitos, a fim de deixar a convivência cada vez mais harmoniosa.

Quanto aos hábitos ruins e manias chatas, well, talvez seja até bom conversamos com o outro sobre o quanto isso pode atrapalhar a relação e sugerir mudanças - porém sempre observando o limite entre o que é razoável exigir e o que é pura implicância de ser humano louco.

A grande verdade é que tudo isso é muito fácil na teoria, mas na prática é que o bicho pega. Escrever sobre isso foi insanamente fácil, depois de passar uma semana inteira fazendo uma auto-observação, mas tenho plena consciência de que a aplicação desses mesmos conselhos acima vai ser way more complicated! Mas claro que, ao mesmo tempo, eu valorizo o reconhecimento de tudo isso e o vejo como um primeiro passo para deixar de lado coisas banais e dar importância ao que realmente pode estragar meu relacionamento!

Let's let it be!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O filhinho da mamãe

Tem coisa que se me contassem, eu não acreditaria. É só vendo mesmo!
Esse caso é uma dessas coisas que a gente só acredita quando presencia, porque afinal é tudo tão absurdo que você se recusa a acreditar.

Eu acho que toda mulher gosta de homem independente. Homem forte, decidido, que corra atrás do que quer, que seja determinado, dono do próprio nariz e que respeite sua família... Agora... uma coisa é respeitar a família, outra coisa é deixar que a família controle você. Mais especificamente a mãe.

Todos amamos nossas mães, claro. Mas hão de convir que mãe às vezes mais atrapalha do que ajuda. E com homem isso parece ser muito pior. Eu acho super válido pedir conselho e ouvir a opinião da sua mãe, mas acho que o nosso desafio maior é saber filtrar e conseguir entender até quando estamos tomando nossas decisões por nós mesmos ou extremamente influenciados pelo que nossa mamãe diz. Sim, elas querem o melhor para nós, mas nem sempre acertam.

Na vida adulta, espera-se que saibamos nos virar sozinhos, e, embora eu saiba que esse é um processo doloroso e lento, sei também que é um processo extremamente necessário para nosso amdurecimento.

Tudo isso para contar a história do Mr. Baby.

Ele é um aluno da escola onde trabalho, tem 25 anos, mora sozinho e é formado em Relações Internacionais. Acontece que ele tem um grande problema: mamãe cuida de tudo. Quando eu digo de tudo, eu digo de TUDO mesmo.

Acreditam que ontem a maluca veio aqui na escola para saber como anda o desempenho do filhinho dela no inglês? Queria ver suas notas, falar com a professora e com a coordenadora, perguntar porque o bebê dela não sabia que dia as aulas começavam...
Depois disse que o filho ficou de atestado e mandaram ele assistir as video-aulas no site da escola, mas que o certo era ele ter um acompanhamento com o professor passando a matéria pra ele - porque afinal:

- Eu conheço meu filho, ele não ia correr atrás.
- Poxa, somos todos adultos, se ele não tem interesse em correr atrás, já não tem o que fazer.
- Eu matriculei meu filho nessa escola porque disseram que os professores cobravam o dever de casa.
- Olha, o dever de casa vale nota, é certamente cobrado. Mas tem um grande abismo entre a gente cobrar uma coisa e o aluno fazer, né?
- Meu filho é tímido, tem que ficar em cima dele.

É sério, isso? Impressionante como ela trata o filho! Parece que está falando de um menino de 12 anos e não de um marmanjo de 25 com barba na cara.

Eu não conheço o sujeito, - só de vista - mas fico tentando imaginar como é essa criatura! O que mais ela faz para ele, além de ir na escolinha de inglês pegar o boletim? Será que dá comidinha na boca? Lembra a hora do remédio? Marca consulta no dentista? Liga pro pai do coleguinha quando ele dorme fora? Busca ele na balada? Faz o leite com Nescau dele, passa manteiga no pão? Será que ele é capaz de levantar um dedo sequer para fazer algo sozinho?

Mas dó mesmo tenho da coitada que se apaixonar por esse menino. Sim, porque a mãe dele não faz idéia do ESTRAGO que ela está fazendo na vida desse cara! Ele provavelmente vai ser dependente dessa mulher em tudo, vai ter que achar uma Amélia que no fim vai acabar sendo muito mais mãe dele do que esposa. E essas mães super-protetoras são as piores sogras EVER. Acham que o filhinho não faz nada de errado, que você é uma piranha que só atrapalha a vida dele, que nenhuma mulher é boa o suficiente para o príncipe dela, que ele é um retardado que precisa de ajuda até para balançar o peru depois do xixi!

É claro que ter uma mãe dessas não é escolha de ninguém, mas a sua postura em relação a isso diz muito sobre o homem que você é, afinal você escolhe quem quer ser: se você se deixa dominar por esse protecionismo exagerado, querendo aproveitar todas as regalias de mamy e deixar o processo de amadurecimento em eterno stand-by ou se você é aquele que vai deixar claro para sua mãe que você é um homem crescido e não precisa de babá 24h dizendo o que tem que fazer ou não - sem desrespeitar sua mãe, claro. Não vamos confundir as coisas!

Família é sempre um assunto complicado, passamos a vida toda tentando entender, amando e odiando ao mesmo tempo, querendo ficar perto e longe ao mesmo tempo... Mãe então, é ETERNO, mas o que também são eternas as consequências dos nossos atos, portanto, temos que pensar bem antes de deixar que outra pessoa decida nossa vida por nós!

Viva a independência!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Brincando de casinha

Gente, tô aqui para falar de um assunto bem sério. Mas por favor, não parem de ler - eu sei que vocês preferem as baixarias!

No último post falei de como as coisas que começam erradas tendem a dar errado, mas tem umas que só mesmo matando para pessoa se tocar.

Ao longo de nossas vidas, todos nós tomamos decisões importantes, certo? Decisões que mudam totalmente nossas vidas. E há alguns meses atrás, um amigo meu tomou uma dessas decisões: resolveu ir morar com a namorada - detalhe: eles estavam juntos há apenas 2 meses. Primeiro ele enfiou a namorada na casa dos pais dele, sem a maior cerimônia e só foi dar alguma explicação quando o pai o encostou na parede e disse:

- Hey, você tá achando que eu não percebi que sua namorada está tomando banho, almoçando e dormindo aqui todo dia?!

Depois de muitos desentendimentos com a família, eles resolveram alugar uma kit e morar juntos. E antes mesmo de conseguirem sair da casa da família, descobriram uma gravidez.

Devo dizer também que esse é um casal que finge viver em harmonia, mas na verdade mais brigam do que ficam de bem. É tanta briga que eu não consigo nem imaginar como passou pela cabeça deles essa história de morar juntos.

Mas ok, até aí TUDO BEM (????).

O problema é que eles querem ser adultos só na parte boa. Só na parte de poder dar umazinha a hora que quiser, de poder lavar a louça só no dia seguinte, de não ter pai e nem mãe para encher o saco com pormenores...

Em suma, estão brincando de casinha. Sabe por quê?? Porque toda briga que têm, ela liga para mãe dele para reclamar! Pode???

É um tal de "seu filho não vale nada", "Seu filho não é fácil", "ele me deixa sozinha e vai beber com os amigos", "ele é grosseiro comigo", "ele não liga para filha dele" (não nasceu ainda), "eu não aguento mais" e um blablalbla sem fim! Coitada da sogra, já está com a orelha mais que quente de ter que ouvir merda do próprio filho.

PORRA! Desculpa, mas francamente: se você decidiu casar, resolva seus problemas sozinho, sabe?! Se não estava preparada para ser adulta, então não invente de brincar de ter responsabilidade!

E sabe o que é mais irritante? É dois dias depois de uma ligação dessas para sogra, a sujeita sair postando por aí o quanto ama o marido, o quanto estão construindo um lar lindo cheio de harmonia e a paz de Jah. WHAT???? Are you kidding me??

Juro que só não falo nada porque não deixam e também porque afinal, como vovó já dizia "em briga de marido e mulher, não se mete a colher" - mas de fato, não tenho estômago para relação masoquista! E ainda um masoquismo infantil.

Todo mundo já sabe que "se conselho fossem bom, ninguém dava, vendia", por isso vou chamar isso de colher de chá de semancol: antes de resolver se amazinhar com alguém, analise se você está preparado para sair da saia da mamãe. Para assumir filho. Para pagar MIL contas com seu salário mínimo. Para diminuir drasticamente a saída com os amigos. Para perder sua privacidade de solteiro. Para não ligar para sua mãe a cada meia perdida ou cueca suja. Para sair da adolescência. Para respeitar o outro que mora com você. Para ser HOMEM de verdade e MULHER de verdade - responsável pela resolução de seus próprios problemas!