domingo, 12 de dezembro de 2010

O pombo-correio

Sabe na época da escola quando você gosta de um carinha e não tem coragem de falar, daí manda sua amiga ir lá fazer seu filme? Uma gracinha né?

Então, eis que eu e uma amiga fomos numa confraternização de fim de ano esse fim de semana e um rapaz se aproxima e diz para mim:

- Meu amigo gostou da sua amiga!
- Ah é? Manda ele vir aqui conversar, ué!

Ele me puxou para dançar e deixamos minha amiga sozinha, perfeita para o approach do interessado, que ficou olhando e morrendo de medo ou sei lá o que, não fez a aproximação. Juro para vocês que o tal teve que pegar o amigo pelo braço e apresentá-lo à minha amiga para que ele tomasse alguma atitude. E isso só depois de eu dizer:

- Meu filho, vai lá! Tomar toco faz parte!
- Ah, mas dói! - disse o outro, tentando defender.
- O que você quer então? Ir lá tomar o toco no lugar dele? Oras!

Depois chegou a minha vez de ser vítima de menino de recados.

- Nossa, meu amigo ali de azul tá apaixonado por você.
- Ah, sei.
- Anota aqui seu telefone!
- Não, não vou anotar, não. Não quero me comprometer.
- Ah, ele é um rapaz gente fina, trabalhador, concursado e...
- É mudo também??
- Não, por que?
- Uai, achei que fosse, mandando você vir aqui falar comigo!
- o.O

Não, gente, sério. Homem com 25 anos na cara mandando recadinho pelo amigo? Se esse cara não tem coragem nem de chegar na mulher que ele tá interessado, vai ter coragem de que?

Ah, vá! Pombo-correio, não, né?!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Não faz sentido! [Felipe Neto]

Felipe Neto vai ser a estrela do nosso blog por um dia! Meses atrás ele fez esse vídeo do seu "programinha" "Não faz sentido" e achei pertinente postá-lo no blog - com alguns comentários igualmente pertinentes [ou não]. ASSISTAM!

Não faz sentido - Sedução e Cantadas

Já no começo, Felipe mata logo a charada que se tornou o objetivo desse blog: "a lógica entre homens e mulheres tá fudida". Of course que não precisa ser nenhum gênio pra notar isso. O mundo esfrega isso na nossa cara à cada sábado à noite.

Primeiro aspecto que ele fala sobre esse "aspecto fudido do mundo" é a chegada dos homens nas mulheres na balada. Sacada inteligente: não chegue numa mulher que não tá te dando mole. Que não fez o "eye contact" com você. Levar toco faz parte da vida de um homem, mas se puder evitar, melhor ainda né? Felipe diz que sente vergonha dos caras que chegam com frases prontas para azarar as meninas. ALELUIA! Sabia que tinha alguém sensato no mundo! Porque tem gente que dá vergonha alheia MESMO!

Como outro lado da moeda, ele também diz que tem vergonha das mulheres que já caíram no "Oi, te achei muito linda, quero muito ficar contigo". Todas nós já ignoramos o fator "conversa fiada" e consideramos o fator "você é gato". Vergonha para nós também. Mas o fato é que, acredite Felipe Neto ou não, esses são os menos piores. Tem coisa MUITO feia out there!

Daí ele entra em um campo minado: parece querer que as mulheres tomem a responsabilidade e cheguem nos homens. Oras, adoraria se o mundo não fosse hipócrita nem machista. E eu sei que os homens vão vir aqui comentar e me contrariar, mas o fato é que mulher em balada já tem pouco crédito; mulher em balada que chega em homem, é vagabunda. Os homens não estão preparados para lidar com tamanha independência feminina. É FATO que isso só pode dar em duas coisas: ou em toco [você foi muito atirada pro meu gosto] ou em fama de piriguete [você é fácil, não merece ser levada a sério]. Agora, o que ele fala sobre a mulher mandar o sinal e sobre mulher que faz cu doce é fantástico. Pow, isso tudo quando você tem 15 anos é muito fofinho. Mas depois de virar mulher, pelo amor de Deus, sem joguinhos infantis. Ninguém tá a fim de perder tempo. E de fato, fazer cu doce passa muito longe do conceito de "se dar valor".

No final, ele continua batendo na tecla sobre direitos e deveres iguais para homens e mulheres. O que eu concordo parcialmente, é claro. Mulheres e homens querem sexo, certo? Certo, mas mulheres querem sexo de qualidade, homem querem sexo e ponto final.

E é claro que protestando na Internet ou não, tudo parece querer continuar do mesmo jeito. Mas continuaremos protestando!

PS: eu sei que eu vou sofrer ataques agressivos repressores vindos do sexo masculino neste post. Mas este é o preço que vou pagar por ter coragem de dizer a verdade.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Homens brasilienses - ruim com eles, pior sem eles.

E essa conclusão foi tirada depois de ir pra Orlando, eu e Kérow, e resolver cair na noite para checar o que ela nos ofereceria.

Bom, primeira vantagem que levamos, é sermos Brasileiras. Hipocrisias à parte, a gente chama mais atenção que a maioria das outras nacionalidades. É fato comprovado, não especulação. E também somos simpáticas e sorridentes - talvez por isso alguns abusem do poder e façam aquela fama chata de brasileira ser "dada" valer. Mas eu e Kérow ficamos só no flerte, digamos que numa pequena research.

O campo de batalha foi o City Walk, local de baladas da Universal Studios. "Festa estranha com gente esquisita" - coroas mil se achando jovens de 20 anos e meninas de 15 anos falsificando a identidade pra entrar. Os figurinos eram inacreditáveis. Brilhos, paetês, correntes e agora parece que por lá a moda é andar com uma coroa de plástico prateada na cabeça. É, isso mesmo que você leu. Melhor pra nós.

Bebemos drinks num pub irlandês e resolvemos dar uma volta fora. Sentamos ao lado de um grupo de rapazes. Contei até 5 e um deles veio nos abordar. Disseram que eram de NY, que estavam na cidade para um torneio de baseball que iriam disputar e blablabla. Tudo certo até o momento em que um deles solta a seguinte frase "Brasilieiro, português, dá tudo no mesmo". Confusão armada, um ou dois "You're an asshole" depois, eles partiram e nós também.

Fomos andando e de repente dois rapazes nos abordam. Visivelmente embriagados, começam a conversar dizendo que acabaram de entrar no exército americano e que precisavam de uma carona pra ir embora. Nos ofereceram dinheiro para os deixarmos lá e ainda soltaram a frase "I've got a pool in my house" achando que contavam vantagem. 23 anos, comportamento de 15.

Continuando nossa saga, fomos paradas por uma dupla - um marroquinho e um sul-africano - que elevaram (?) o nível e nos convidaram para tomar champagne. Conversa vai, conversa vem, o marroquinho diz que gosta da Argentina. Mais uma confusão armada, ele tenta consertar e só piora tudo: diz que só gosta de um Argentino - Diego Maradona. Confusão piorada, eles tentam nos convencer ao champagne, negamos veementemente e então eles se oferecem para nos acompanhar até o nosso carro. "Only 10 dollars!". Pois é!

Saímos de lá rindo muito, mas confesso, aqui diante de todos, que eu disse pra Kérow que senti falta dos jerks brasilienses.

Afinal de contas, o negócio tá feio em qualquer lugar do mundo! Será possível?!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tiro no próprio pé

Eis que FDS passado conheci um "rapaz interessante". Sua bagagem amorosa era imensa: 35 anos, pai de um menino de 10 e havia sido casado por 12 anos. Uau! Bom, pensei, depois de dar conversa pra pirralho, vamos atacar de homens mais velhos interessantes.
Conversa vai, conversa vem, o tal se encantou pela Ruiva que vos fala e convidou para um inocente cineminha durante a semana. Por que não, né? Dei meu telefone.

Ao sair do local, antes mesmo de ligar o carro para ir embora, recebo uma SMS do indivíduo com o seguinte conteúdo: "O motivo de ficar foi embora, vou também!". Na hora já saquei que o sujeito era profissional e não tava pra brincadeira.

Respondi a msg e ganhei mais umas 4 ainda na mesma noite de domingo + uma ligação que durou 20 minutos. "Estranho!". Até aí tudo bem.

No dia seguinte, recebi msg de bom dia e mais duas ligações. Too overwhelming. Minha cabeça pré-condicionada já captou a espécie macholina gruda-mais-que-chiclete. Refleti: nem saí com o cara ainda e já tá rolando essa quantidade de ligações e mensagens! That can't be good!

Além de todo o grude já mencionado, o rapaz guarda uma das características que mais me irrita em uma pessoa: se acha a última coca-cola do deserto. Não curto. No começo, quando ele me AVISOU que era assim, achei até bonitinho. Mas depois eu fui vendo que não era charme e que ele de fato é metido. Brochei!

Cancelei o cineminha falando que estava gostando de alguém - e de fato, estou, mas se ele não tivesse me brochado, isso não teria sido empecilho.

Acredita que mesmo depois de ter sido dispensado ainda tenho que ouvir a seguinte frase: "tudo bem, mas garanto que você ia gostar!"?

É mole ou quer mais??

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Gira sol e mundo!


O mundo girou, e girou muito. A conselho das meninas venho a este escrever sobre... romance. Meu romance. Meu outro romance... Não é que rolou? E aconteceu muito mais cedo do que eu jamais imaginei, afinal de contas, eu desencanei da minha outra paixonite aguda com muito esforço passando por uma seca sem fim, até rolar um desfecho a la "vou dar pro primeiro cara que me aparecer".

Bem, ressaca de pé-na-bunda a parte e loucuras cometidas em seu período, eu encontrei outra pessoa no fim desse martírio (passava ele por uma dor de cotovelo também...). Só que essa pessoa que eu encontrei, trabalhava e esteve por perto diariamente por quase dois anos! Sim, outro colega de trabalho... (eu juro que não me porto como A predadora em meu expediente, mas fazer o quê?).

Ele sabe hoje, devido a nossa óbvia intimidade atual, que eu nem ia muito com a cara dele. Eu já comentei nos corredores que ele não fazia meu tipo e que nunca ficaria com ele. Nada a ver. Poisé, quantas vezes mesmo a gente precisa se repetir o mantra muito conveniente "Nunca diga nunca" pra entrar na cabeça que o mundo gira, a vida dá voltas e a gente paga a língua?

Pois bem, num fim de dia de trabalho desses muitos, eu tava chateada e pensei "What the hell!Vou chamá-lo pra beber umas comigo." e assim o fiz, eu estava chateada por alguma coisa pequena no dia e sobramos nós dois no trabalho. Ele também, coincidentemente não tava nos melhores dias também, e aceitou na hora. A gente nunca tinha saído só os dois ou engatado uma conversa mais longa...

Lá fomos nós beber umas cervejas na sinuca perto da minha casa. Papo vai, papo vem, e não é que foi divertido? Essas cervejas se tornaram rotineiras e quando percebi o tratava como a um amigo. Maaaas, também pensei que iria acabar rolando algo a mais uma hora ou outra (como sempre rola) e fiquei um pouco receosa... Afinal, ele nunca fez meu tipo...

Mais uma noite dessas e muuuuitas cervejas depois a gente ficou. "Sabia..." eu pensei. Sabia que iria ser estranho, e foi. Mas foi gostoso também, e novamente pensei "What the hell. Que mal faz uns beijinhos?". Né? E é aí que nossa história fica mais engraçada. A gente começou a ficar muuuuuuito ocasionalmente, de uma maneira bem leve e descontraída, do tipo: estamos só nos divertindo. E quer saber, eu me diverti muito. Agradeci aos céus, como sempre faço, por mais um amigo na minha vida. Ele havia se tornado uma pesoa verdadeiramente querida, virei presença constante em sua casa e querida em sua família. E ninguém sabia que a gente dava umas escorregadas um com o outro, não era our thing, o nosso barato era descobrir afinidades que a gente nem sequer imaginava que tínhamos!

Viajamos juntos no carnaval com uma galera e na volta éramos mais amiguinhos do que nunca. Num feriado desses, viajamos outra vez, para a chácara da família dele com essa mesma galera, selando a amizade e etc. e tal. E depois de uma longa noite, 31243124 cervejas depois, adivinha: mais beijinhos. Só que durou o feriado inteiro e na volta pra casa, eu me assustei com a surpresa: toda vez que ele encostava em mim, meu coração disparava. HOLY CRAP!!!

E aí, quem já se apaixonou, sabe como é e começei a apresentar todos os sintomas além do coração pulando. Eu queria me sentir assim de novo, mas foi meio rápido para acontecer de novo e a verdade era que eu não queria me machucar como me machuquei tão cedo. Coincidência de novo ou harmonia conspirada pelo universo? Ele também se sentia assim ao término do último namoro, e lá fomos nós, querendo e não querendo os riscos que uma paixão traz.

E a história mais cheia de meandros da minha vida amorosa começou e vai muito bem há quase cinco meses. Detalhe que é a cereja do bolo da doidera que é toda essa viagem: começamos a namorar, como dizem por aí, oficialmente, sexta-feira 13. :)

sábado, 31 de julho de 2010

Meninas traumatizadas

Há uma nova espécie de mulheres out there. Watch out, rapazes!
Sabe aquela mulher pra casar que no fundo, no fundo, todos vocês procuram? Ela pode não ser tanto pra casar assim mais, porque algum infeliz quebrou seu coração e acabou destruindo todos seus sonhos e castelos!

Baboseiras românticas à parte, eu deveria ser uma pessoa traumatizada. E às vezes até acho que sou, mas quando me vejo no próximo relacionamento, vejo que no fim das contas não deixo meu passado interferir tanto assim no meu presente.

Conversando com um brother meu - que assim como eu, não gosta de frescura! -, ele me contou do novo affair. Ou melhor, da nova investida, porque affair mesmo ainda não rolou. Razão? A menina está traumatizada com o último cafajeste e tem medo de se ferrar de novo. Aí vocês me dizem, "ah, que nada, isso é só desculpa porque ela não quer sair com ele!". PENNN! Errado! Acreditam que ela está saindo loucamente com ele? Liga, manda msg, procura, se vêem às vezes mais de uma vez por dia, mas ela não deixa o garoto concretizar o business. E olha que ele deve gostar dela, porque paciência nunca foi uma de suas virtudes!

É válido deixar seu passado interferir tanto assim no seu presente? Será mesmo que temos que ter medo de nos relacionar com outras pessoas achando que o raio vai cair no mesmo lugar? Más notícias, meninas. O raio CAI SIM no mesmo lugar. Se você tiver muita sorte, cai duas vezes. Mas como a maioria de nós não tem muita sorte, vive levando raio na cabeça.

Mas gente... sofrer faz parte da vida. A gente gosta?? Não!! Mas acontece, uai! Fazer o que?! Acham que a solução é fugir das circunstâncias da vida e tentar prever os passos do seu próximo pretendente em busca de poupar seu coração de mais uma decepção?! Isso é pular a vida! Não faça isso... não dê esse prazer ao FDP que te magoou!

Dito tudo isso, meninos, não se iludam também. Há situações e situações. Essa história de "trauma" também pode sim funcionar como ótima lame excuse para os seguintes tópicos:

- Como diria nosso amigo Jack Berger, de Sex and the city, "she's not that into you"
- Você é ruim de pegada e ela não quer mais te ver
- Ela quer te cozinhar em banho-maria na esperança de arranjar algo melhor. O velho "mais vale um pássaro na mão, do que dois voando".

Meninas, carregar trauma de um relacionamento pro outro não vale a pena! Não perca seu tempo dando tanta importância a quem não te deu.

Meninos, sejam pacientes - porém alerta!

sábado, 24 de julho de 2010

Casar?

Ontem fui à festa de formatura de um amigo meu - parabéns, xuxu, by the way! - e conheci um casal super legal, amigos dele.
Eles super comunicativos, alto-astral, estavam ali pra se divertir horrores mesmo!
Até aí tudo bem, era só um casal de namorados. Com a diferença de que eles vão casar sábado que vem!
Confesso que do alto do meu ceptismo, fiquei um pouco chocada. Eu, pelo menos, quando penso num casal que vai se casar - preconceito, eu sei! - penso em duas pessoas mais velhas, mais sérias, mais tensas. E eles estavam lá, o próprio exemplo de como uma relação deve ser!

Meu último relacionamento era parecido com o deles. A gente se divertia junto SEMPRE, era maravilhoso, mas a diferença é que não estávamos de data marcada pra casar. Por que a gente acha que quando a pessoa tá casando, tem que perder a diversão do namoro?

Parei pra conversar com eles, e os dois estavam super certos do que queriam. Eles já moram juntos, mas o noivo disse: "Eu quero ter essa mulher na minha vida oficialmente!", ao que meus ouvidos de última romântica quase derreteram. Eu confessei a eles que o relacionamento deles, aparentemente, era tudo o que eu procurava pra mim. Eles disseram que quando eles começaram a morar juntos foi complicado, mas que agora eles aprederam que a chave para um bom relacionamento é CEDER. Eu já sabia disso, mas pôr em prática é bem mais complicado!

Enfim, me apaixonei por esse casal que é apaixonado pela vida e pelo amor um pelo outro! E que eles sejam felizes como as duas criancinhas de mãos dadas que estão estampadas no convite de casamento, que tive a honra de ver! Lara e Neto, toda a felicidade do mundo! TIM TIM!

sábado, 3 de julho de 2010

Há limites na paquera?

O que é permitido e o que não é, lugares, frases, vestimentas, approaches. Tudo isso vimos discutindo desde a inauguração deste blog, mas pelo jeito ainda está por acontecer muitas aventuras inesperadas.

Eis que saímos eu e Kérow ontem para uma inocente partida de sinuca com nosso casalzinho preferido, só para não deixar a sexta-feira passar em branco. Saindo do local, cedo, como duas meninas comportadas, antes das 23h querendo chegar em casa pra descansar da semana corrida, paramos num semáforo. Enquanto esperávamos que ele abrisse, parou ao nosso lado um carro com 4 rapazes ao lado. Quando olhamos, eles estavam tentando fazer contato a qualquer custo, com berros, acenos e pulos na janela. Até que de repente, um deles grita meu nome. Eu abro o vidro em busca de um visgo de reconhecimento, tentando encontrar algo que me fizesse lembrar de onde eu conhecia o sujeito, enquanto ele berrava que era amigo do "Leo". Mal sabe ele que no meu celular tem o número de uns 5 Leos diferentes. Não ajudou muito! Do banco de trás, estava um menino kinda cute desesperado, quase caindo da janela, pedindo o telefone da Kérow. O sinal abriu e resolvemos parar num estacionamento, para checar quem era o conhecido. Quando ele desceu, nos dividimos em dois grupos de 3. De um lado da porta, Kérow, o menino do telefone, e um gaúcho wing man. Do outro lado, o doido amigo do Leo, eu e outro wing man. O maluco ficou meia hora tentando me fazer lembrar quem era o Leo, até que caiu a ficha e eu lembrei que tinha conhecido o sujeito há bem uns 8 anos atrás e que o via desde então. Momento engraçado para trás, Kérow passou seu telefone pro menininho, que já nos convidou para uma festa julina hoje à noite.

Foi o desfecho menos esperado de uma sexta light. Eu nem sabia que era jogada legal parar as pessoas no trânsito para pedir o telefone! Afinal, parece que tudo vale neh?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Os Empata-foda

Olha, eu adoro Brasília! Mesmo! Mas esse negócio de você ir nas baladas e sempre encontrar as mesmas pessoas, pode dar mais rolo do que você imagina!

Vejam vocês que eu conheci um gatinho forrozeiro – doida pra quebrar a cara de novo, né? Mulher não aprende nunca, impressionante! – há mais ou menos um mês atrás, quando ainda me recuperava muito vagarosamente do término do meu último relacionamento. Ele pediu meu MSN e conversamos poucas vezes. Ele é amigo do namorado de uma amiga e coincidentemente, estuda com uma aluna minha. Até aí, tudo bem.

Domingo rolou um reencontro no forrózinho café-com-leite. Ele estava lá, todo gatinho e com os moves forrozísticos de sempre; porém, notei que estava meio caladinho. Como todo mundo tem seus issues, tentei não interferir muito na intimidade do rapaz que mal conheço. Eis que forró vai, xaxado vem, baião vai, xote vem, começamos a batalha testa-com-testa – estratégia normalmente infalível dos forrozeiros de plantão. Aquela coisa maluca, respiração ofegante, a platéia de plantão assistindo e se perguntando “Vão ou não vão beijar?!”, um experimentando o suor um do outro, os carinhos nas mãos e no pescoço e de repente... O xote acaba! Quase querendo matar o sanfoneiro que deixou o acordeon parar de chorar, nos abraçamos por alguns segundos mais do que normalmente nos abraçaríamos.

Quando as coisas esfriam um pouco, chega o ser dono deste post aqui e pergunta quase que sem respirar de tão rápido: “Dany, vamos dançar?”. Eu muito atordoada concordo com a dança. Ele olha pro gatinho forrozeiro e diz: “Posso dançar com ela?”. Este, tão atordoado quanto eu, responde: “Ô!”. Daí lá fui eu sendo arrastada para longe do meu pretendente por um ser que, vamos combinar, é no mínimo repugnante! Picture the scene: o cara dança comigo esfregando minhas costas, falando obscenidades no meu ouvido enquanto me aperta na cintura impedindo minha fuga. Eu, só xingando, indignada e me perguntando why the fuck eu já fiquei com um cara desses! Depois que consigo me esquivar, o tempo fecha totalmente.

O novo forrozeiro de minha vida diz ter entendido “É bom dançar com ela, né?” ao invés de “Posso dançar com ela?” (por isso o tal “ô!”) e que ficou sem entender porque eu fui roubada na cara dura. Empata-foda number 1: o sem-noção que a partir de agora entra para minha lista negra de uma vez por todas. Apesar de todo o rolo, nada rola entre nós após o mal-entendido.

Volto para casa com a pulga atrás da orelha e no outro dia descubro quem é o empata-foda number 2: minha querida aluna. Parece que o forrozeirinho esteve enrolado com uma amiga da aluna em questão e para não ficar feio, preferiu não ficar comigo na frente dela, e portanto, a tal amiga era o motivo pelo qual o rapaz estava tão introvertido. Aparentemente o tal rolo não está totalmente resolvido e cá estou eu me envolvendo onde não devo, novamente.

Seja lá o que for, acho melhor eu começar a variar mais os lugares onde vou. Ao que parece, os fantasmas não me deixam em paz! E tome-lhe assombração! Abaixo os empata-foda!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

De saco cheio.

Sabe quando a vida tá ruim pra caramba, nada tá muito legal?Então, tô assim. Estamos, aliás. Alguns amigos próximos andam reclamando (e não é pouco) da vida também... Mas qual é o problema, afinal?E o remédio?
Os reclamões são todos jovens, cheios de saúde e vida, não são loucamente endividados, não ficaram grávidos, não houve morte na família, não são depressivos, enfim, no geral não há grandes motivos para tanta lamentação.

Mas ora bolas, o que passa então?

Bem, minha mãe costuma a listar tudo o que eu já listei para deixar claro o quão legal minha vida é... Eu costumo concordar e pensar que realmente tá tudo bem... Mas a sensação sempre volta... Uma insatisfação latente;uma baita pedra no sapato! Mas porque não tá tudo bem?Nunca?
Faz um tempo que venho me sentindo assim, cada vez mais... Quanto mais o tempo passa, maiores são as complicações da vida. Eu não tenho uma resposta, nunca tive, mas escrevendo agora me vem alguns porquês.
Talvez os meus 22 estejam apontando na minha cara - como já estavam os meus 19, 20, 21 - que agora a vida é outra, os dias não vão ser mais tão fáceis, leves e brincalhões como os de outrora. O que eu quero dizer é que esse começo de vida adulta é muito mais difícil do que se tornar adolescente! Por que as pessoas nunca falam sobre isso? "Adolescente isso, adolescente aquilo" e da-lhe programas de TV, livros e rodas de mães desesperadas tratando do tema. Mas e os candidatos a adultos, como fazem?
Ninguém parece perceber o quão duro é... Os 20 e poucos começam a avançar e o mundo todo e aquela tia arrogante demanda um diploma universitário, um bom emprego, um salário razoável, um carrinho e ja-já tão falando RUA!"É hora de você ter o seu cantinho... se virar..."Por mais que alguns relutem, o quê talvez seja o meu caso, e permaneçam nas casas dos pais por mais algum tempo ( que pecado tem?); ainda assim um piano invisível pesa nas costas.
Está aí eu acho a razão dos meus "problemas" e os de alguns amigos. As reclamações, as minhas e as deles, são todas relacionadas a falhas na vida adulta novinha em folha que nós temos.
Quando uma sequência de "coisas novas de adulto" que tentamos fazer dá errado...Pronto, é o fim do mundo!Você tá lá tentando fazer o seu papel da melhor forma, cumprindo os itens básicos como: estar formando na faculdade; ter um carro;um relacionamento "sério" e "maduro";viajar sozinho para o exterior; pagar contas (pequenas ou de uma casa inteira) e para alguns até sustentar um filho. Como se já não fosse difícil fazer um monte de coisas novas, tem que se fazer bem...
E o que nos deixa tão mal? Quando essa vidinha que a gente tem que construir desanda aqui e ali. Aí é aquele chororô!A minha sugestão é: tin-tin ao novo adulto!Somos todos afinal, perdoem o tom piegas, bebês que estão tentando andar e ficar de pé de novo. Cair faz parte, o que a gente não pode, é ficar sentado muito tempo esperando alguém nos levantar a toda hora.



Bom estar de volta!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Paciência, Senhor, paciência!

Se tem uma coisa que me irrita muito é homem pamonha. Já escrevi outro texto de uma experiência super frustrante que eu tive no começo de minha saga forrozística, gajo esse que se encontra namorando uma conhecida minha nowadays. Deixando este evento lamentável de lado, tenho uma reclamação a fazer: eu só atraio homem pamonha - entre outros tipos indesejáveis. É impressionante!

Vejam só que estou num eterno chove não molha por um esperadíssimo flashback com meu middle school sweetheart. Aquele gatinho que balançava seu coração quando você tinha 13 anos, fazendo todas as músicas de Sandy e Jr. dispararem seu coração juvenil. Pois então, o rapaz é uma gracinha! Todo fofo, super divertido, lindo, futuro brilhante pela frente, e é claro, que para não beirar a perfeição, ele tinha que ter um dos defeitos que mais me tira do sério: a pamonhice aguda.

Dá todos os sinais de que está super na minha, mas é devagaaaaaar que é uma coisa! E o pior de tudo é que já lá na escola ele era assim - e eu sempre soube disso. Outro dia conversamos sobre isso e ele me fez derreter com a frase "Ah, eu sou assim só com quem eu gosto, porque daí rola o medo de fazer algo errado. Com quem eu não me importo, não é assim!". Ooooh, muito fofo, né? Mas poooxa! Precisava ter tanto medo de fazer algo errado? Aliás, o que tem os homens com esses medos esquisitos?!

Anyway, este não é o tópico do post. O caso é que ele é tão, tão, tão cute-cute que eu estou exercitando minha paciência através de mantras, contagens regressivas e socos no travesseiro. Sei lá se isso vai sair do 0x0, mas eu definitivamente tô pronta pra 1x1!

Larga de frouxura, homi!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dia dos namorados


Mais uma vez ele chegou! Para aterrorizar as solteiras, alegrar os solteiros, aquecer o comércio e dar aos enamorados um motivo a mais pra comemorar! Mas quem foi que inventou esta data, anyway? E com que propósito?

A grande verdade é que poucos são os que conseguem passar pelo dia 12 de junho imunes ao que ele pode representar para você, dependendo do momento em que você se encontra. Os sentimentos variam de depressão à baixaria, mas resistir ao peso desta data tão nada-inocente é tarefa quase utópica.

Quem está namorando, se pega planejando maneiras de surpreender seu respectivo e inovar na hora da celebração. Ao passo que aqueles que estão sozinhos, inventam mil maneiras de fazer aquele dia passar batido ou ter saldo positivo, como por exemplo, irem a festas de culto à solteirice, regadas a álcool ilimitado.

A data do dia dos namorados, para mim, lembra apenas que o meu último bom 12/06 foi há uns 5 anos atrás. E quando eu paro para olhar para os últimos anos, quase sinto pena de mim por ter sido tão infeliz nessa - as for now - maldita data. Esse ano, eu, na minha doce ilusão, achava que teria um bom 12/06, mas o destino mais uma vez olhou para mim, riu e disse: "pegadinha do Malandrooo!". Anyways, eu também arranjei meu modo de fugir dessa atmosfera enlouquecedora e resolvi fazer um acampamento da igreja.

Vejam só, vocês, como mais uma vez o destino resolve fazer piada de mim: eis que meu não-mais-tão-adorado ex-namorado-babaca-do-ano-de-2009 também dará o ilustre ar de sua graça no bendito acampamento. After all, acho que não vou conseguir me livrar tanto da lembrança desse dia infeliz, afinal, toda vez que olhar para a cara-de-pau do indivíduo, meu cérebro se programará para pensar: "Why the fuck, you bloody bastard?" Eu acho esse tipo de relação ex/ex super válida e saudável!

Namorados,
comemorem! Realmente, ter um namorado hoje em dia é tarefa árdua e rara!
Solteirada, acalmem os hormônios! Vai passar rápido, eu prometo!

Here we go again!

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PS: Estamos de volta, não chorem! =)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Eternas crianças

Me fala aí se 95% dos homens que você conhece ainda parecem estar no começo da puberdade?! Quando eu digo homens, eu digo maiores de 18, que deveriam já estar pensando no futuro, dependendo de quantos anos tiver já formado, trabalhando, enfim, todo o pacote.

Então, Senhor, me responde, por que a maioria deles se comporta como adolescentes? Por que um marmanjo com barba na cara continua soltando frases como "Vou pegar geral" ou "Namorar é pros fracos" ou "eu não me apaixono", entre outras sentenças absurdas?

Todos os homens têm medo de se envolver. Ainda não descobri porque, mas todos eles se esquivam de responsabilidades, comprometimentos qualquer coisa que possam deixá-los fora do controle. A maioria dos homens é extremamente covarde. Para eles, fugir do problema é SIM uma solução - a qual eles recorrem quase sempre, vale ressaltar.

É impressionante como, após terminar um namoro, a mulher pensa: "nossa, não consigo nem pensar em outro homem". E após o mesmo término de namoro, o homem pensa: "Ah, agora tô livre pra pegar geral, quem eu quiser!". E faz. Capaz dos dois se esbarrarem na balada e a ex encontrar o falecido lá nos beiços de outra com cara de quem tá solteiro há eras.

Quando você é criança, faz assim. Tem medo de cachorro, foge e se esconde dentro da portaria quando vê o poodle do vizinho. Tem medo do escuro, foge do seu próprio quarto e pula pra cama da mamãe. Tem medo de arrancar o dente, finge pra mãe que os dentes não estão moles ainda. Foge.

Os adultos deveriam enfrentar os medos, os bloqueios, as frustrações. Não? Vontade de fugir a gente tem o tempo todo. Mas vontade é uma coisa que dá e passa. Que encontremos menos meninos e mais homens. Ou que os nossos meninos aprendem a crescer e vejam que isso é necessário e não precisa ser doloroso!

sábado, 10 de abril de 2010

Back to the game?

É, minha gente...Para os que torciam a favor da Ruiva e seu babaca do ano, tenho uma má notícia. Para os que torciam contra, podem celebrar.

O que aconteceu? Sabe que nem eu e provavelmente nem ele sabemos explicar? Só sei que alguma coisa de ruim no universo caiu sobre nosso relacionamento e nos jogou right back to the game. The lame game. O jogo que eu já estava - e ainda estou! - cansada de jogar, como muito bem colocado pela Ivy no último post.

É estranho ter tantos convites pra sair no sábado à noite, mas ainda não ter conseguido aceitar a idéia de que serei obrigada a aguentar a péssima qualidade dos homens out there, novamente. Desculpe a ofensa direta, rapazes! Mas se vocês tem um pouquinho de dignidade, vão admitir que realmente o negócio tá feio!

Não que neste momento eu esteja muito preocupada com isso, afinal, o defunto nem esfriou ainda e as lágrimas nem acabaram, mas o que eu poderia pensar em um sábado à noite, certo? Eu acho até melhor ficar pensando em reclamar das próximas cantadas, dos próximos homens sem-noção, das próximas baladas-fracasso do que ficar me lamentando por ter acabado mais um relacionamento de forma tão inexplicável e rápida. É melhor pro meu ego e pra minha saúde mental também.

Isso é uma reclamação formal. Tenho 23 anos e nenhuma perspectiva de felicidade amorosa. Afinal, acho que vou adotar duas crianças e ir morar sozinha. Não preciso casar pra ter uma família, certo? Talvez seja melhor eu me poupar de mais uma lenga-lenga que provavelmente vai acabar em nada, mais uma vez.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Quando se ferrar na balada cansa.



Todo mundo sabe que eu já cansei antes,pendurei as chuteiras, fell in love, quebrei minha cara, e me joguei com força de novo na balada. Maaaaaaas, depois de sentir aquele gostinho bom de ter alguém, nenhuma balada é mais a mesma...

Curti demais minha fossa:fui à praia e voltei, bebi todas, começei a fazer aula de dança, saí incansavelmente com minhas meninas e sozinha. Até aí tudo bem, o principal objetivo era esquecer o banana lá que me deixou com cara de pastel. Analogia gastronômicas a parte, depois que finalmente senti o coração mais leve, aquele lance de ir pra balada todo santo final de semana não exatamente perdeu a graça, mas deu um cansaaaaaço. Sabe como é?Eu explico.

Cansaço de gastar um monte de dinheiros valisosos numa festa ou boatchy supertudo pra suar a peruca ao som de músicas duvidosas, ouvir xavecos de gajos underage, degustar drinks superfaturados e nem conseguir realmente confraternizar com as amighas. Aí não dá, né nêga?

O que eu fiz? Eu te respondo também, gata... Comecei a trocar as superfestas bombantes por reuniões etílicas ou não - bem mais raras, claro - com meus amigos. Ô coisa mais legal e maaais em conta! E vocês não acreditam as histórias que saem dessas noitadas à 6, 7 pessoas...

Então fica a dica pra vocês que também cansaram a beleza e de fazer carão pra um monte de gente desconhecida ver e botar defeito: reuna os poucos e bons e quem sabe uns agregados, compra umas caixinhas e uns salgadinhos, leva um twister, música ao gosto de todos e tã-nan!!!Tá pronta uma festona muito doida!hehehe

Obs: É claro que isso é every now and then, só pra descansar do desgaste emocional e físico que é cair na noitada - mesmo em Brasília.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Juventude Perdida

Gente, o fim dos tempos está próximo!
Afinal, o que você fazia quando você tinha 11 anos? Eu brincava de queimada no campinho, assistia Chiquititas e colecionava papel de carta. Pois as pessoas de 11 anos de hoje em dia vão para o Pier 21. Pros leitores do Brasil afora, é uma espécie de point aqui de Brasília. É um shopping que tem lojas e restaurantes caríssimos e uma boate da moda.

Fui ao Pier com meu namorado esses dias, apenas pra pegar um cinema, e vejam só, ficamos chocados com a quantidade de meninos e meninas no início da pré-adolescência. Mas o que nos deixou mais atordoados eram suas vestimentas, atitudes, caras e bocas. Se não fossem os dentes de leite e a falta de seios, dava pra jurar que qualquer uma daquelas ninfetas tinha 20 anos. Elas abusam do decote (um soutianzinho com enchimento pra ajudar), do salto alto, da maquiagem pesada, das bolsas de marca, do glitter. Os meninos que as acompanham tem muito menos apetrechos para disfarçar a pouca idade. Uma calça caída e um boné pra trás pra tentar tirar de playboy, mas a carinha sem espinha entrega os recém completos 11 anos. Meu primeiro beijo na boca foi com 10 anos. Bem cedo. Mas eu não perdi minha infância por causa disso. Minha mãe não me deixava me vestir que nem uma boneca de porcelana, nem sair de casa às 23h.

Esses dias também fui a uma festa de desconhecidos. Começamos a conversar sobre sexo, táticas e afins, de repente eu descobri que a menina mais velha da mesa tinha 19 anos. Elas tinham 15, 16, 17 anos com uma experiência MUITO mais vasta que a minha, do alto dos meus 23 anos. Cada frase que eu ouvia, me chocava mais um pouco e eu consegui sair de lá totalmente atordoada. Lembrei que quando eu tinha 16 anos, um beijo na boca me deixava com o frio na barriga mais intenso do mundo e um menino passar a mão na minha bunda já era way too far.

Fico impressionada e confesso que preocupada com a velocidade em que essa nova geração está vivendo as coisas. Atropelam tudo que é importante na vida! Cada fase tem sua magia e é uma pena que tudo isso esteja se perdendo.
Espero que meus filhos possam ter o que eu tive. Uma infância, uma adolescência e uma vida adulta. Tudo a seu tempo.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Aonde esse mundo vai parar....

Tem uma questão que anda me intrigando: o que está acontecendo com o mundo masculino? Certas coisas aconterecam que vão além de "ficar sem ligar", "não sair no fds" etc etc, e tais coisas ficaram guardadinhas, tanto fisicamente quanto emocionalmente, para posteriores reflexões.

Então como não consegui desvendar o mistério, aqui venho pedir a ajuda dos leitores para saber o que está errado. A seguir relatarei os dois acontecimentos que marcaram esses últimos dias para que, assim, possam tirar as devidas conclusões.

1- Lá estávamos todas: a loira, euzinha e a pessoa 1 em um desses showzinhos no parque da cidade em prol do lançamento de novos talentos musicais. Não podemos NUNCA negar eventos 0800. Até que encontro com um colega de vários outros carnavais e acabamos ficando no dia seguinte. Foi legal até certo ponto se considerarmos o momento "pegação". No entanto, o menino demorou questão de 5 minutos pra conseguir me dar o telefone dele o qual eu não tinha pedido...foi de livre e espontânea vontade DELE.

"98.....er......64.....(pausa eterna....)..."

Imaginei que isso era devido ao nervosismo mas eu tinha quase certeza que a vagareza provinha de alguns narcóticos utilizados durante um tempo. Enfim, é meio lógico que o cérebro venha a falhar algum dia, né? Mas aos 25 anos é demais ( ou demais narcóticos?) .

O que acontece e o que era de se esperar o menino lezeira NUNCA mais nem apareceu para dar OI nem BOM DIA. A educação some mesmo quando está implícito o "só quis te pegar"?
MAs um belo dia ele me aparece com toda educação perguntando se eu queria sair para tomar espumante.

MENINAS

Meu coração quase parou. Eu tive um faniquito de saber que o convite MAIS LINDO e MAIS romântico que eu ja recebi tinha sido feito por um possível junkie. Mas é o que dizem né: alegria de pobre dura pouco. Ele só tinha me convidado pra sair porque o amigo dele estava afim da pessoa 1 que estava no dia do showzinho. IA ser o tal do double date. Inacreditável.

Neguei lógico (até mesmo porque a pessoa 1 é MUITA areia pro caminhãozinho de FATO do tal amigo), mas ele resolveu voltar atrás e fazer o convite para um single date e depois de muito pensar...aceitei.

E agora aqui estou eu, exatamente neste momento, escrevendo no blog depois DO BOLO que ele me deu porque resolveu ir a uma boate com o tal amigo acima mencionado, e me deixar pra trás. (várias pessoas vão dizer I told you so)

ACREDITEM SE QUISER!

Me largou pra poder sair com homem....(não é a primeira vez que isso me acontece, diga-se de passagem)

2- O mais bizarro EVER. Aconteça o que acontecer este fato vai ficar para sempre comigo e o carregarei como ensinamento. Lá estávamos eu e a pessoa 1, no 3º dia do tal showzinho 0800 quando um trio de amigos breguíssimos nos abordam. Conversa vai e conversa vem e começa a tal apurrinhação:

-Oi, quantos anos vc tem?" (amigo 1 para Kérow)
-22
- Puxa é agora que eu me lasco... eu tenho 18.
- Legal hein...

E depois de muito bla bla bla:

- Que coisa chata..vamo sair daqui? (pessoa 1 para Kérow)

Lá estou eu no momento: virar e sair. Quando do NADA eu sinto a testa arder e a cabeça ficar pra trás. Eu percebi que tinha tomado

UM PEDALA ROBINHO NA TESTA!
EU DE FATO APANHEI DO MALUKO!

Virei em fúria e segurei no braço do menino que já estava a ponto de chamar socorro : " - Tu tá maluko velho? Perdeu a cabeça?"



Agora entendem o meu "pensar"? O que aconteceu com o mundo masculino que tanto reclamamos? Da falta de atenção e de decoro? Devo dizer que me arrependerei de dizer o que direi mas eu prefiro os rapazes do "palhaços" do ano, afinal de contas, nenhum das teóricas "vítimas de seus ataques" chegaram a apanhar....

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Homens que não sabem dizer "não"

Durante toda a semana recebi sinais para escrever sobre um determinado assunto que vem atormentando as mulheres solteiras de todo o mundo - certeza! Afinal, qual é o problema dos homens em dizer "não"?

Tudo começa naquela bela ficada. Você na baladenha arrasando, conhece um gajo interessante, rola um encaixe massa e ele solta a frase mágica: "Me passa seu telefone!". Você se empolga e a partir daí, o maquinário dentro do cérebro feminino começa a produzir uma série de expectativas. Você pode ser vítima da "pegadinha do Malandro", onde o cara pega seu telefone e jamais te liga. Mas pior do que esses, são caras como o dessa balada aqui. O gatinho pegou meu telefone e no outro dia mandou a SMS. Clap clap clap, palmas para ele!

- NÃO!
- Não?

Não! Ele mandou SMS perguntando como eu estava e pediu meu MSN e meu Orkut. Tudo bem até aí. Acontece que quando eu passei o meu MSN, ele me adicionou, está sempre online e NUNCA falou comigo. Agora, me fala, what's the point?

Uma amiga minha estava no cursinho, numa boa, estudando, de repente um classmate começa a investida. Lá vem o MSN de novo... pediu o MSN dela, adicionou, mas ela nunca viu ele online. E por aí vai...

Depois de ontem é que eu fiquei ainda mais bolada com essa mania feia dos meninos! Um amigo meu recebeu umas investidas "de tudão" de uma mina no forró e de repente vira pra mim e diz:

- Me salva, por favor! Ela tá dando em cima de mim, socorro! Me tira daqui!
- Por que você não diz pra ela que tem namorada?
- Ah, sei lá, não vou dizer isso assim pra ela!
- ¬¬

Isso tudo só me lembrou um episódio de F.R.I.E.N.D.S, onde o Chandler Bing não consegue dar o fora na chefe da Rachel Greene. Ele diz que automaticamente quando ele sai com uma mulher, sai de sua boca, ao final do encontro, a frase: "It was fun, we should do this another time, I'll give you a call!" - isso mesmo que ele não tenha a menor intenção de ligar novamente. E o pior de tudo é que ele alega que faz isso porque sabe que é isso que a mulher espera dele após o encontro. NÃO, gente! A gente espera sim, mas se for verdadeiro! É elementar, meu caro Watson!

Me digam, rapazes, o que há de errado em NÃO pedir o telefone/MSN/Orkut/RG/CPF da menina, se você não ficou interessado? O que há de errado em dizer NÃO para uma mina que dá em cima de você quando você está namorando? Afinal, o que há de errado com a palavra NÃO?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As lésbicas também sofrem

Sábado foi dia de casamento de um amigo do meu namorado e lá fomos nós na estica.

Ao chegarmos lá, conheci uma criatura bastante interessante. No começo fiquei em dúvida sobre seu sexo e logo depois ao reparar nos traços do rosto descobri uma mulher embaixo dos cílios longos.

Acontece que essa mulher-quase-homem estava angustiada. Motivo: havia levado um pé na bunda.

Segundo ela, sua parceira até tinha razão de estar tão chateada, visto que ela admitiu que fez alguma bobagem - bobagem essa que não tive acesso exato, ela só disse que juntou informações incorretas e acabou falando o que não devia.

Porém, o que mais estava deixando nossa heroína agoniada era o comportamento da ex-partner. Aparentemente, a moçoila faz o estilo "mais vale um na mão, do que dois voando" e embora tenha dado um fora em sua namorada, não pára de ligar, perguntando como ela está, se comeu, se dormiu bem, querendo saber o paradeiro...

Enquanto estávamos na recepção, ela recebeu uma ligação desta, o que a deixou uma pilha de nervos. Ela chegou a dizer: "mas que merda que fica ligando pra perguntar se eu comi, se eu dormi bem! Sabe que eu não comi, sabe que eu não dormi bem, sabe que se ligar eu vou ficar pior e fica fazendo isso!"

Quando eu expliquei que a tática era um procedimento até normal, que ela queria se manter por perto para não trocar o certo pelo duvidoso, ela ficou pensativa e se sentindo meio atordoada.
Foi o lado masculino dela, tentando compreender o comportamento de uma mulher indecisa.
Logo depois, ela prova que nem a mais macho das mulheres perde a essência feminina e diz: "Eu não sei fazer joguinho! Se eu tô com saudades, eu ligo e falo. Se eu gosto, eu me declaro."

É, querido leitores... Parece que não só o mundo dos heteros está difícil!

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Há pedidos, fiz um formspring do Blog pra galera indagar o que quiser! Não esqueçam de colocar o nome da pessoa para a qual você quer fazer a pergunta, ok?!

http://www.formspring.me/cteb

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Bolo de losers

Clicando aqui você vai saber um pouco sobre como chegar em uma menina, o melhor approach, o local adequado - e o inadequado - e coisas do tipo.
Depois de achar que o fato de estar namorando me privaria de vivenciar certas experiências, cheguei a conclusão de que ninguém está imune a nada quando se trata das investidas dos homens. A vantagem é que agora posso observar tudo de maneira imparcial e exterior, sem que isso me atinja além de umas boas risadas e um belo post.

Eis que ontem eu fui pra casa do meu namorado e quando fui comprar o ticket pro metrô, o "moço do guichê" ficou aparentemente encantado por mim. Olhou nos meus olhos e assim o fez durante todo o processo de pegar o ticket e me dar o troco, sem tirar os olhos de mim um só segundo. Fiquei pertubada com aquilo, mas quando achei que poderia sair daquela cena estranha, o sujeito direciona o troco e o ticket juntos em minha direção e segura firmemente quando eu tento pegar. Eu, que faço o tipo, sou simpática e vou parar pra te ouvir mesmo que eu não esteja interessada, como citado já pela Loira, olhei pra ele, sorri e finalmente ele soltou o papel, me deixando muito sem graça e levantando da cadeira pra me ver chegar até a catraca. Momento estranho do dia.

O momento estranho da noite, porém, nem se compara ao matutino. Ainda bem que eu estava acompanhada e pude observar a indignação feminina apenas, do lado de fora, protegida desse approach absurdo e inaceitável que vou relatar agora.

Aniversário da prima do meu namorado, uma mesa de bar cheia de mulheres. De repente um ser da raça masculina ousa mandar um fucking bilhetinho. Como se já não fosse ruim o bastante, olhe o teor do bilhete (que tenho em mãos nesse exato momento, por isso vou reproduzir exatamente igual, inclusive com os erros de português):

"Enquete: Porque as mulheres brincam com os sentimentos dos homens?"

Uma das meninas da mesa, alma caridosa ou sei lá o que, resolve responder:

"Poxa, não sei!"

E a conversa de bilhetinho da 5ª série continua:

"Enquete: O que faz esse tanto de mulheres bonita sozinha?"

Ela:

"Estamos sozinhas, mas não descompromissadas"

E ele ainda tem a cara-de-pau de dizer:

"Massa!! E quem falo que nos estamos!! Só achei que poderiamos trocar uma ideia. 81294247 Pedro"

E assim termina o approach infeliz dos caras. Agora, juntem todos os igredientes e façam o bolo:

- Paquerar no bar
- Ser tão no balls pra chegar na mulher que precisa mandar bilhetinho como se tivesse no ensino fundamental
- Escrever coisas idiotas e cheias de erros de português
- Insistir no erro após dito que ninguém era solteira
- Dar o telefone na esperança ridícula de que depois desse "belo" approach alguém vai ligar

Bolo de losers!

Homens... pelo amor de Deus... como diria meu amado, saudoso e que Deus o tenha, Dinho dos Mamonas Assassinas... PAREM COM ESSA PORRA!

PS: O telefone do tal Pedro é o que ele escreveu no bilhete. Fiquem à vontade pra passar um trote. DDD 61, pros leitores fora de Brasília.
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Por que acreditar?

Ele tinha acabado de ganhar o prêmio "Babaca do Ano" quando resolveu vir me procurar de novo. Eu, como mulher ferida - porém ainda nas teias dele - respondia a tudo com a acidez que ele merecia, mas nem de longe conseguia desviar minha atenção das investidas dele.

Tudo o que eu menos queria, era que ele voltasse a me procurar, porque eu sabia que meu coração feminino idiota ia deixar ele me convencer de que tudo ia ser diferente dessa vez.

Foram 3 dias de muita conversa, insistência, pedidos de perdão, arrependimentos, revelações que eu nunca imaginei ouvir. E sem que eu percebesse, ele já entrava no meu coração de novo. E aquilo me apavorava! Eu pensava: "como pode eu cair na lábia dele de novo? Como pode eu acreditar que ele está sendo sincero dessa vez? O que as pessoas vão achar de mim se eu der uma segunda chance pra ele?".

E daí, de repente, assim como uma luz, apareceu a palavra ACREDITAR. Lembrei que era a única coisa que importava e que tinha que existir para que eu não desistisse do amor, depois de um 2009 desesperador nesse quesito. Lembrei que ACREDITAR não faz de mim uma pessoa burra, ingênua ou trouxa, mas faz de mim uma pessoa que sonha com um dia em que todo mundo vai ser sincero com todo mundo.

E, sob algumas condições, ele voltou pra minha vida. O medo continuava aqui no meu peito, apesar de tudo. Não conseguia não pensar que tudo poderia desabar novamente.

Foi então que ontem, ele resolveu tirar meu Class A ass off the market.
Meninas e meninos, estou namorando!

Alguns de vocês ainda vão continuar me achando besta de ter perdoado um dos babacas do ano e de acreditar que ele mudou pra melhor. Mas, queridos leitores, ACREDITEM.
O amor existe!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Começando o ano com o pé direito

Eu, que sempre proferi a sentença "Eu NUNCA vou num show de axé na minha vida!" paguei minha língua e na virada do ano, lá estava eu pipocando em Goiânia (Gyn), atrás da Cláudia Leitte. É triste as coisas que fazemos para não passarmos o reveillon sozinha!
Fomos em 8 pessoas - 6 meninas e 2 meninos - em busca de nos livrar da máxima "meu nome é fulano e eu passei o Reveillon em Brasília".

No dia em que chegamos, 30/12, resolvemos dar uma volta para reconhecimento de território. It turns out that não tinha muito a ser reconhecido. Um pulinho no bar mais lotado pra notar que a única coisa que se vê em Gyn é sertanejo. É estatística. Depois de termos sido roubados pelo flanelinha, que nos cobrou quatro reais pra olhar o carro, assim, deliberadamente, resolvemos pular a parte das duplas sertanejas e comer um sanduíche num lugar mega vazio chamado Black Dog. Só depois de termos comido, um dos meninos solta a seguinte frase interessante: "se está vazio desse jeito, é porque não é bom né?". Tarde demais para a observação.

No dia 31, todos prontos para a grande virada, levamos um baita bolo do táxi. Depois de repetimos incessantemente frases super brasilienses como "tinha que ser goiano!" e "eeee goianada!", tememos passar a noite toda na espera do taxista infeliz. Mesmo sabendo que íamos beber até cair, pegamos os carros e procuramos o lugar até encontrar. Eram 23:40 quando conseguimos entrar. Eu achando que toda a goianada estaria no show do Leonardo que estava tendo de graça, mas quando menos espero sou atropelada por um ser sem camisa e com um chapéu de boiadeiro enorme. Penso, logo bebo. Bebo muito.

Não suficiente para esquecer que eu encontrei um colega gatíssimo meu, naquele estado. Não o suficiente pra esquecer que um cara chegou em mim recitando a seguinte poesia: "sabia que quando Deus te desenhou, ele tava namorando?". Não o suficiente pra esquecer um goiano chegou em mim (como se isso não fosse brochante enough) e disse que o sonho dele era ficar com uma brasiliense. Não o suficiente pra esquecer que encontrei meu ex-namorado da adolescência lá e que morri de vontade de ficar com ele.

Pelo menos foi suficiente para eu lembrar que antes só do que mal acompanhada, continua sendo o lema não só de 2010, mas de todos os anos!

TIM TIM e Feliz 2010!