quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Bolo de losers

Clicando aqui você vai saber um pouco sobre como chegar em uma menina, o melhor approach, o local adequado - e o inadequado - e coisas do tipo.
Depois de achar que o fato de estar namorando me privaria de vivenciar certas experiências, cheguei a conclusão de que ninguém está imune a nada quando se trata das investidas dos homens. A vantagem é que agora posso observar tudo de maneira imparcial e exterior, sem que isso me atinja além de umas boas risadas e um belo post.

Eis que ontem eu fui pra casa do meu namorado e quando fui comprar o ticket pro metrô, o "moço do guichê" ficou aparentemente encantado por mim. Olhou nos meus olhos e assim o fez durante todo o processo de pegar o ticket e me dar o troco, sem tirar os olhos de mim um só segundo. Fiquei pertubada com aquilo, mas quando achei que poderia sair daquela cena estranha, o sujeito direciona o troco e o ticket juntos em minha direção e segura firmemente quando eu tento pegar. Eu, que faço o tipo, sou simpática e vou parar pra te ouvir mesmo que eu não esteja interessada, como citado já pela Loira, olhei pra ele, sorri e finalmente ele soltou o papel, me deixando muito sem graça e levantando da cadeira pra me ver chegar até a catraca. Momento estranho do dia.

O momento estranho da noite, porém, nem se compara ao matutino. Ainda bem que eu estava acompanhada e pude observar a indignação feminina apenas, do lado de fora, protegida desse approach absurdo e inaceitável que vou relatar agora.

Aniversário da prima do meu namorado, uma mesa de bar cheia de mulheres. De repente um ser da raça masculina ousa mandar um fucking bilhetinho. Como se já não fosse ruim o bastante, olhe o teor do bilhete (que tenho em mãos nesse exato momento, por isso vou reproduzir exatamente igual, inclusive com os erros de português):

"Enquete: Porque as mulheres brincam com os sentimentos dos homens?"

Uma das meninas da mesa, alma caridosa ou sei lá o que, resolve responder:

"Poxa, não sei!"

E a conversa de bilhetinho da 5ª série continua:

"Enquete: O que faz esse tanto de mulheres bonita sozinha?"

Ela:

"Estamos sozinhas, mas não descompromissadas"

E ele ainda tem a cara-de-pau de dizer:

"Massa!! E quem falo que nos estamos!! Só achei que poderiamos trocar uma ideia. 81294247 Pedro"

E assim termina o approach infeliz dos caras. Agora, juntem todos os igredientes e façam o bolo:

- Paquerar no bar
- Ser tão no balls pra chegar na mulher que precisa mandar bilhetinho como se tivesse no ensino fundamental
- Escrever coisas idiotas e cheias de erros de português
- Insistir no erro após dito que ninguém era solteira
- Dar o telefone na esperança ridícula de que depois desse "belo" approach alguém vai ligar

Bolo de losers!

Homens... pelo amor de Deus... como diria meu amado, saudoso e que Deus o tenha, Dinho dos Mamonas Assassinas... PAREM COM ESSA PORRA!

PS: O telefone do tal Pedro é o que ele escreveu no bilhete. Fiquem à vontade pra passar um trote. DDD 61, pros leitores fora de Brasília.
-

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Por que acreditar?

Ele tinha acabado de ganhar o prêmio "Babaca do Ano" quando resolveu vir me procurar de novo. Eu, como mulher ferida - porém ainda nas teias dele - respondia a tudo com a acidez que ele merecia, mas nem de longe conseguia desviar minha atenção das investidas dele.

Tudo o que eu menos queria, era que ele voltasse a me procurar, porque eu sabia que meu coração feminino idiota ia deixar ele me convencer de que tudo ia ser diferente dessa vez.

Foram 3 dias de muita conversa, insistência, pedidos de perdão, arrependimentos, revelações que eu nunca imaginei ouvir. E sem que eu percebesse, ele já entrava no meu coração de novo. E aquilo me apavorava! Eu pensava: "como pode eu cair na lábia dele de novo? Como pode eu acreditar que ele está sendo sincero dessa vez? O que as pessoas vão achar de mim se eu der uma segunda chance pra ele?".

E daí, de repente, assim como uma luz, apareceu a palavra ACREDITAR. Lembrei que era a única coisa que importava e que tinha que existir para que eu não desistisse do amor, depois de um 2009 desesperador nesse quesito. Lembrei que ACREDITAR não faz de mim uma pessoa burra, ingênua ou trouxa, mas faz de mim uma pessoa que sonha com um dia em que todo mundo vai ser sincero com todo mundo.

E, sob algumas condições, ele voltou pra minha vida. O medo continuava aqui no meu peito, apesar de tudo. Não conseguia não pensar que tudo poderia desabar novamente.

Foi então que ontem, ele resolveu tirar meu Class A ass off the market.
Meninas e meninos, estou namorando!

Alguns de vocês ainda vão continuar me achando besta de ter perdoado um dos babacas do ano e de acreditar que ele mudou pra melhor. Mas, queridos leitores, ACREDITEM.
O amor existe!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Começando o ano com o pé direito

Eu, que sempre proferi a sentença "Eu NUNCA vou num show de axé na minha vida!" paguei minha língua e na virada do ano, lá estava eu pipocando em Goiânia (Gyn), atrás da Cláudia Leitte. É triste as coisas que fazemos para não passarmos o reveillon sozinha!
Fomos em 8 pessoas - 6 meninas e 2 meninos - em busca de nos livrar da máxima "meu nome é fulano e eu passei o Reveillon em Brasília".

No dia em que chegamos, 30/12, resolvemos dar uma volta para reconhecimento de território. It turns out that não tinha muito a ser reconhecido. Um pulinho no bar mais lotado pra notar que a única coisa que se vê em Gyn é sertanejo. É estatística. Depois de termos sido roubados pelo flanelinha, que nos cobrou quatro reais pra olhar o carro, assim, deliberadamente, resolvemos pular a parte das duplas sertanejas e comer um sanduíche num lugar mega vazio chamado Black Dog. Só depois de termos comido, um dos meninos solta a seguinte frase interessante: "se está vazio desse jeito, é porque não é bom né?". Tarde demais para a observação.

No dia 31, todos prontos para a grande virada, levamos um baita bolo do táxi. Depois de repetimos incessantemente frases super brasilienses como "tinha que ser goiano!" e "eeee goianada!", tememos passar a noite toda na espera do taxista infeliz. Mesmo sabendo que íamos beber até cair, pegamos os carros e procuramos o lugar até encontrar. Eram 23:40 quando conseguimos entrar. Eu achando que toda a goianada estaria no show do Leonardo que estava tendo de graça, mas quando menos espero sou atropelada por um ser sem camisa e com um chapéu de boiadeiro enorme. Penso, logo bebo. Bebo muito.

Não suficiente para esquecer que eu encontrei um colega gatíssimo meu, naquele estado. Não o suficiente pra esquecer que um cara chegou em mim recitando a seguinte poesia: "sabia que quando Deus te desenhou, ele tava namorando?". Não o suficiente pra esquecer um goiano chegou em mim (como se isso não fosse brochante enough) e disse que o sonho dele era ficar com uma brasiliense. Não o suficiente pra esquecer que encontrei meu ex-namorado da adolescência lá e que morri de vontade de ficar com ele.

Pelo menos foi suficiente para eu lembrar que antes só do que mal acompanhada, continua sendo o lema não só de 2010, mas de todos os anos!

TIM TIM e Feliz 2010!